Essa semana tivemos uma palestra aqui na minha cidade, quase mil pessoas, e eu, com esse meu lado comunicativo e sempre querendo falar com todos, corri para pegar um brinde que sortearam. No caminho fui parando e conversando e, de repente, bati em uma cadeira da primeira fila que bateu na pessoa de trás. Olha o desastre! A minha sorte é que a pessoa era um amigo e do lado dele mais algumas pessoas amigas as quais disparei a dizer boa noite.Lá vou eu toda eufórica cumprimentando todos com esse meu comportamento que ama pessoas, ama tocar, apertar, beijar…(esse é meu comportamento ïnfluente falando, que muitas vezes choca com os outros comportamentos que são o oposto). Quase no fim da fila um amigo disse, brincando comigo: senta aí! Eu sentei e parei por ali, mas logo outra pessoa me chama e lá vou eu, abandonando a conversa do outro e deixando a amiga que estava do lado sem ao menos uma boa noite.
Socorro! Cadê minha conexão comigo e com o outro? Logo eu, que trabalho com pessoas, acabo ali, naquele momento, de me desconectar de mim e do outro. Me dei conta disso ao voltar para minha cadeira. Ufa! Que bom que nesse momento eu consigo enxergar isso. E para mim isso é o importante. Acolho essa minha falha e penso: o que aprendi com isso? Sou vulnerável e está tudo bem. Somos todos seres perfeitamente imperfeitos. Respiro e tento voltar ao meu centro.
Quantas situações como esta passamos todos os dias? Estamos na loucura do dia a dia que esquecemos até de olhar para os olhos do outro, esquecemos até de olhar para nós mesmos, para os nossos olhos ao nos observarmos no espelho.
Há quanto tempo você não sente seu coração bater?
Há quanto tempo você não faz algo que lhe traz paz e faz bem?
Há quanto tempo você não olha com carinho para o seu parceiro, olhos nos olhos?
Há quanto tempo você não olha para o outro? Com conexão verdadeira?
Imagine quantos problemas seriam evitados se nos conectássemos de verdade com o outro. Isso só acontece quando verdadeiramente estou aberta a mim, às minhas virtudes e minhas fraquezas, às minhas vulnerabilidades e aos meus talentos. Só existe conexão com o outro se estou conectado a mim, só levo o outro aonde eu fui. Logo, só consigo que as pessoas sejam verdadeiras comigo, se eu sou “eu de verdade”.
Isso é fácil? Com certeza, não! Somos seres únicos! Nosso relacionamento com a gente mesmo não é fácil, fugimos a todo o momento de quem somos, fugimos de nós e do outro.
O meu primeiro contato verdadeiro deve ser comigo, depois com o outro e depois com o ambiente. Na maioria das vezes somos convidados a fazer o inverso, e revelamos então o nosso pior, pois queremos nos moldar ao ambiente e vestimos, então, uma das nossas infinitas máscaras, o que nos deixa cada vez mais “pesados”.
Cuidado, a nossa mente mente! Ela nos afasta de quem verdadeiramente somos.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Que tal seria acalmar a mente e abrir o nosso coração? Cuidar da conexão eu comigo e eu com o outro?
Olhar para si e para o outro sem “máscaras”? Sem julgamento? Fazer a tal conexão de “coração para coração”? Como na frase do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
Conecte-se com amor e respeito, com liberdade e leveza, pois queremos um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhor, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +