W. A. Cuin
_ Onde está escrita a lei de Deus?
— Na consciência. (Questão 621, de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec)
Um dia, na espiritualidade, analisando o nosso passado, tomamos ciência da quantidade de equívocos e tropeços cometidos ao longo do tempo, e , vislumbrando as possibilidades de vivenciarmos a paz e a felicidade no futuro, nos sentimos motivados a redimir tais enganos, para tanto, recorremos aos préstimos de valorosos benfeitores espirituais solicitando novas oportunidades, mediante nosso retorno à terra, em novo processo reencarnatório.
E aqui estamos, com amplas condições de corrigir o que não fizemos direito e em com uma gama imensa de chances de realizarmos novas experiências. Ao nosso redor, quotidianamente, pululam oportunidades de toda ordem para que saiamos da condição inferior que ainda estamos para uma postura de maior elevação moral e espiritual.
A família que nos acolhe se caracteriza como um vasto campo de trabalho e de aprendizado, para que aprendamos a domar as nossas más tendências, enquanto desenvolvemos paciência, compreensão e fraternidade.
No âmbito do trabalho profissional que desenvolvemos, com muita freqüência, convivemos com criaturas que não pensam como nós, o que possibilita a nossa interação com as diferenças decorrentes do modo de vida de cada uma, onde aprendemos a tolerar e a respeitar as pessoas como elas são e não como gostaríamos que elas fossem.
E, dentro de todo esse contexto social em que mourejamos, aos poucos vamos aprendendo que não existe uma única pessoa, detentora de suas plenas faculdades mentais e lucidez de raciocínio que não deseja ser feliz e viver serenamente, o que nos leva à conclusão de que todas as ações, atos e procedimentos que desencadeamos deverão ter por meta e objetivo o bem estar daqueles que seguem conosco pela vida.
Da mesma forma que desejamos a paz os outros também anseiam por ela.
Então é indispensável refletir se realmente fazemos uso da presente reencarnação conforme planejamos um dia na espiritualidade, ou se por ventura, debruçados em novos equívocos, fantasias e ilusões não estamos repetindo os erros de outrora, e, com isso perdendo mais uma vez a oportunidade de prosperidade espiritual.
Nossa vida segue dentro dos padrões da dignidade, nobreza, honradez e decência?
Temos feito todos os esforços possíveis para que em momento algum causemos sofrimento e dor aos irmãos do caminho, conforme preceituam as valiosas e indispensáveis lições de Jesus?
Nas refregas diárias combatemos, com força e vigor, o egoísmo e o orgulho, que insistem em empanar o brilho da nossa existência e escurecer nossas propostas de redenção e aprimoramento?
Nos momentos difíceis e angustiantes temos mantido o equilíbrio, a perseverança, e, acima de tudo a fé na Providência Divina, que disponibiliza imensos recursos e mecanismos para que avancemos corajosamente na direção do progresso?
Não esqueçamos, um dia na espiritualidade, esperançosos, pedimos o aval dos benfeitores amigos para retornarmos a vida física. E quando saímos de lá tínhamos perfeitas informações de que nada seria fácil. Portanto, agora, não vale o desânimo, o abatimento, a tristeza ou o inconformismo.
Deus a ninguém desampara e afirma Jesus que “batendo à porta ela se abrirá”, assim oportuno será meditar, maduramente, observando se realmente estamos aproveitando a chance reencarantória que temos em mãos. Fomos nós que a pedimos.
Reflitamos...