É com muito pesar que escrevo este texto porque perdi uma especial amiga e esposa de um amigo especial. A educação de nossa cidade empobreceu, perdeu o mais importante dos seus valores. Olga Fontes, uma fonte de inspiração na arte de aprender e ensinar. Conhecida de toda classe educacional de nossa cidade por causa da sua generosidade, da sua garra e do seu patriotismo. Foi de uma competência inigualável no campo da administração escolar. Uma esposa, mãe e avó exemplar. Uma criatura humana batalhadora pelo ensinamento da cidadania a todos que por um motivo ou outro com ela se relacionasse. Nenhum aluno seu ou sob a sua administração deixou de aprender e a cantar o Hino de Votuporanga. Patriótica.
Confesso que essa senhora me ajudou muito em todos os sentidos quando lhe pedi uma oportunidade de adentrar a uma sala de aula com o propósito de aprender, ensinar e conhecer os caminhos perfeitos de um bom educador. Ela superou todos aqueles que se propuseram a ensinar. Foi amiga e parceira de todos os que com ela prestavam serviços de educação à sociedade. Eu até gostaria de enumerar aqui os colegas com quem trabalhei em 1983 no “Manoel Lobo” sob orientação dessa grande Mestra. Não o farei porque corro o risco de esquecer alguém. Dona Olga não só se preocupava em ensinar os alunos de sua escola, mas estendia seus ensinamentos a seus pais e responsáveis. Não creio que alguém poderá substituí-la naquilo que foi a sua tarefa. Ela será insubstituível com toda certeza. Os que com ela conviveram profissionalmente sabem disso. Ela tinha a sabedoria de ter a certeza de que o sonho de cada aluno não determinava onde ele queria chegar, mas produzia a força necessária para tirá-los dos lugares que se encontravam. Um sábio de Educação um dia escreveu: “sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua.
Sonhem com a lua para que vocês possam pisar um dia nos altos montes do Planeta. Sonhem com os esses altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações”. Eu aprendi com a Mestra que a vida sem amor é um livro sem letras, uma primavera sem flores, uma pintura sem cores. Tenho certeza que ela está bem onde quer que esteja. Seu passado de trabalho lhe dá esse direito. Que seu exemplo possa continuar frutificando a inspiração de todos aqueles que se propõem a ensinar assim como ela o fez.