Atualmente o mundo passa por grandes crises econômicas e sociais onde o individualismo reina absoluto. Pessoas, muitas vezes, não observam o próximo, mesmo aquele que está ao seu lado e para o convívio em sociedade é imprescindível adotar condutas e ações, dentre elas: o voluntariado.
Segundo definição das Nações Unidas, “voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos...”. Podemos dizer que o voluntariado é o principal pilar das instituições do terceiro setor e atua como instrumento para que os objetivos sejam alcançados. Ser voluntario significa gostar de fazer alguém feliz, contribuir para uma relação de ajuda e solidariedade. Mas, o que acontece, em geral, são pessoas atarefadas, sem tempo de doar o próprio tempo ao próximo.
Necessitamos urgentemente resgatar esses tipos de trabalhos, essas pessoas “voluntárias” pois são tão necessárias para muitas instituições e para a própria sociedade em geral. Trabalho voluntario não é uma atividade racional ou impessoal, há um contato humano, um momento mágico, pois naquele momento você pode ajudar  alguém, ajudar  alguém que realmente necessite, e o melhor ter a oportunidade de aprender mais com pessoas, muitas vezes “desconhecidas” mas que acabam se tornando muito próximas a você. 
O voluntariado é uma experiencia espontânea, prazerosa e gratificante, podemos citar o exemplo de universitários que descobrem no voluntariado uma forma de ação social, a qual se depara com diferentes maneiras de participar ao ajudar o próximo - e com isso acabam entrando em contato com outras realidades, revendo seus preconceitos e se conhecendo melhor. Realidades essas, muitas vezes, que trazem variadas reflexões e grandes aprendizados para esses estudantes, ações de força e determinação quando engajados com essas causas. Sendo assim, é importante também o apoio e o entusiasmo do corpo docente, e principalmente da livre-iniciativa dos alunos desse tipo de realização. O estudante deve pensar no que gostaria de propor como ação voluntária e para qual público essa ação se destina.
Diante disso, esses mesmos universitários ao participarem de ações sociais passam a enxergar a realidade de diferentes formas, mudam suas concepções e entram em contato com as verdadeiras causas dos problemas e inúmeras são as possibilidades desses universitários se envolverem no voluntariado e possivelmente grande parte dos mesmos jamais teriam conhecido o trabalho voluntário sem o incentivo da própria faculdade.
Desse modo, considerando que a educação deve estar vinculada ao mundo do trabalho e à prática social, dentre as diversas atividades relevantes para a formação do estudante, o trabalho voluntário tem alcançado entre as universidades e entre as empresas bons índices de desenvolvimento a cada dia, e nessa perspectiva as empresas tendem a apoiarem cada vez mais projetos sociais, motivo geralmente relacionado à questão da responsabilidade social corporativa, e valorizam a realização de trabalho voluntário em processos seletivos, muitas vezes dando espaço para que o candidato destaque sua experiência no currículo ou em outras etapas da seleção. Ao incluir o trabalho voluntário no currículo, o estudante demonstra proatividade e preocupação com o que está à sua volta, exatamente o que as instituições buscam para a formação de profissionais completos.
Assim, nas ações do dia a dia, é necessário que o voluntário coloque em prática saberes diversos para lidar com as situações complexas do tipo de trabalho realizado. Este conjunto de saberes implica nas competências exigidas dos voluntários para alcançar os objetivos do projeto social.
Vale lembrar que o voluntariado pode acontecer em diversas áreas como assistência a grupos sociais vulneráveis, trabalho em hospitais, escolas e creches, além de iniciativas nas áreas de meio ambiente, cultura, esporte, lazer e educação. A promoção do trabalho voluntário pode se dar por meio de igrejas, organizações não-governamentais, empresas, entre outras instituições. 
Ao trabalhar como voluntário, o universitário, assume o papel de “escola”, pois ensina e aprende na medida em que o estudante tem a oportunidade de desenvolver diversas competências consideradas como resultantes da atividade voluntária, como exemplo a prática que desenvolverá durante seu trabalho voluntário, o contato que terá com situações muitas vezes “difíceis” para administrar. De forma que, também desenvolverá: habilidades de negociação, a própria comunicação para o desempenho do trabalho, relacionamento interpessoal, inteligência emocional, planejamento, organização, adaptabilidade, trabalho em equipe, autoconhecimento, captação de recursos financeiros e humanos, inovação,  administração de conflitos, empatia, experiência de vida, visão do todo, criação e gestão de novos projetos e competências humanas, tudo para o bom desempenho de uma ação voluntária, uma oportunidade de mudança do próprio indivíduo por meio de conceitos e percepções sobre o mundo e a realidade que o cerca.
Por isso, podemos afirmar que a realização do trabalho voluntário, seja por meio de pessoas da sociedade ou por universitários, deve estar engajado fortemente ao desenvolvimento e a realização de atividades que contribuam para a formação das pessoas tanto em âmbito social quanto profissional e nas relações interpessoais. Desta forma, participar de trabalho voluntario oferece um maior crescimento interior ao indivíduo, o qual, pode proporcionar ao outro mais carinho, atenção, amor e ter a consciência de quão necessário se faz essas atitudes.
Portanto, todos devem seguir esse caminho, todos devem entrar nessa corrente do bem, conhecer o que realmente o voluntariado proporciona as pessoas e participar ativamente, por isso, a possibilidade de o universitário ou mesmo o indivíduo da sociedade conseguir adquirir novos conhecimentos e participar de forma ativa e responsável neste tipo de trabalho, traz a ele uma autonomia e criatividade, aplicando e adquirindo conhecimentos e habilidades renovadas.