Neste nosso encontro pretendemos a conclusão do texto que trata do renascer ou suicídio espiritual, com ênfase a este último, que no nosso entender se reporta a posturas de pessoas carentes de reflexões frequentes, que conduzam à auto-avaliação.
Um balanço do dia a dia, que coloque nos pratos da balança os prós e os contras do nosso agir; de ações que possam interferir negativamente na vida do outro. Independentemente das dificuldades, das incertezas; tristezas ou alegrias.
Como?
Inclusão: dar um espaço ao outro no nosso mundo, no nosso abraço para a vida. Juntos na construção de um mundo melhor; alicerçar a perspectiva de um viver possível, a dois, a três, ao grupo, no amparo do amor, do qual todos somos dotados. Necessário acessar, trazer à tona. Nada de ocultar ou deletar o que se tem de melhor. Refletir sobre as próprias carências, não as projetando no outro; dividindo, partilhando e dando oportunidade ao outro de fazer o mesmo.
Empatia, a postura mais recomendável: colocar-se no lugar do outro, para poder mirar-se no espelho da alma, sem medo do que é refletido. Afinal, trata-se de um momento íntimo. É preciso coragem para admitir para si mesmo a necessidade de mudar, neste ou naquele ponto, com o outro. Por que não? Estando você em condições melhores para discernir a realidade do não real, saberá buscar o ombro e os ouvidos para se fazer ouvir.
Seja você o ombro e os ouvidos do outro.
Errar faz parte e o arrependimento sincero é o caminho para o perdão; rota para o se perdoar. Nem tudo está perdido para quem quer ser do bem. Não existe suicídio espiritual para quem deseja, de coração, abrir mão dos oportunismos, não ignorando a situação do outro. Independentemente do credo e até mesmo para os que não crêem – a necessidade de negar pode trazer no seu bojo o oposto – melhor permitir-se a esperança de uma outra existência. Ou não?
Oprimir, nunca! Deixar que o outro seja oprimido - quando poderia impedir - jamais! A opressão é o câncer da alma, do oprimido. A vontade de viver é inconscientemente subjugada; silenciosamente, as metástases espirituais, ganham corpo. O corpo e a alma. Não o suicídio e sim a carência do tratamento químico não químico: o tratamento humanitário, afetivo, sincero.