Por Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Reprodução)
Se você tem buscado informações sobre educação financeira, certamente já ouviu falar da reserva de emergência. Muita gente acredita que basta ter um dinheirinho guardado para classificá-lo como reserva de emergência, mas não é bem assim.
Vamos começar definindo o que é essa reserva: trata-se de ter um dinheiro guardado e de fácil acesso para imprevistos. Por imprevistos, pode-se entender qualquer situação que ameace desequilibrar sua vida financeira: uma demissão inesperada; problemas de saúde; mudança de carreira; presentes; uma oportunidade de bons negócios, enfim, qualquer gasto que não estava previsto na sua organização.
Mas de quanto deve ser essa reserva? Esse valor está atrelado ao seu custo de vida. Para profissionais com carteira assinada, recomenda-se o valor do seu custo de vida multiplicado por seis. Para um autônomo ou empreendedor, o valor seria o custo de vida multiplicado por doze. Por exemplo: Suponha que seu José é um funcionário registrado e o custo de vida de sua família é de R$2 mil ao mês. Portanto, a reserva de emergência do seu José seria de R$ 12 mil (6 x 2 mil). Já o Jorge, que trabalha como autônomo e o custo de vida mensal de sua família é R$ 3 mil, precisa ter uma reserva de R$ 36 mil (12 x 3 mil).
Onde investir a reserva de emergência? Nesse caso, a liquidez (capacidade de ter seu dinheiro em mãos) é mais importante que a rentabilidade, então recomenda-se investimentos de renda fixa com alta liquidez, por exemplo, os títulos públicos.
O papel dessa reserva é imprescindível na sua organização financeira: ela te proporciona organização, já que você precisa saber seu custo de vida para montá-la; te dá liberdade de escolhas, caso você tenha a intenção de mudar sua carreira ou abrir seu próprio empreendimento e te proporciona equilíbrio emocional e financeiro, já que problemas relacionados ao dinheiro podem desencadear ansiedade, depressão, insônia, estresse, entre tantos outros.
Dica de ouro: JAMAIS pense em reserva de emergência se você tem dívidas com altos juros para serem quitadas. Também não é possível pensar em investimentos com maiores rentabilidades sem ter essa segurança.