Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Divulgação)
Com os amigos, com os familiares e com as crianças. No Brasil, falar sobre dinheiro é quase um tabu: quem ganha bem tem medo de falar; quem ganha mal não fala por vergonha. Uma vez que dinheiro tem a ver com planejamento e é um meio para ter uma vida mais confortável e com mais realizações, falar sobre ele deveria ser um hábito entre as pessoas.
Um dado muito interessanteé que 70% dos divórcios ocorrem por problemas financeiros. Isso é uma consequência, também, dessa falta de diálogo. Mas como falar sobre isso em casa?
Primeiro, vocês precisam entender que conversar sobre o dinheiro não é culpar seu (a) parceiro (a) por erros passados. O diálogo precisa levar à organização do presente e à realização de planos futuros. O que está feito passou e a melhor atitude é reconhecer as más escolhas financeiras do passado e aprender com elas. Levando em consideração que a riqueza tem mais relação com a frequência de alegrias que você tem na vida do que com dinheiro, uma boa forma de começar a conversa em família seria perguntar: “Você é feliz?”.
Ao refletir sobre a felicidade, as pessoas são levadas a pensar em experiências que estão faltando na rotina para que elas sejam mais realizadas em todos os âmbitos. Então, é muito mais simples delinear quais serão os próximos passos, relacionados ao dinheiro, para tornar a vida mais interessante para cada membro da família. Se o problema é uma dívida, a família vai se organizar para quitá-la; se está faltando experiências com os filhos, é possível inserir isso no dia a dia. Gostariam de viajar mais vezes? Que tal se planejar para isso?
Organizar o orçamento para viver as prioridades é prezar pela felicidade, e pessoas felizes consomem menos. Pare para pensar: quantas vezes você fez compras apenas para suprir uma frustração: familiar, profissional ou pessoal? Quem está sempre em busca do prazer imediato que a compra proporciona, na verdade, está em busca de mais felicidade. Será que esse sentimento não estaria mais ligado às experiências do que ao consumo?
Nós queremos te desafiar a tentar: prepare um ambiente confortável para a família e façam, juntos, a reflexão: “Você é feliz?”. Escreva uma lista de desejos individuais e uma de sonhos compartilhados entre os membros da família. Dê voz às crianças e adolescentes da casa e cuide para que isso não vire uma discussão: é um momento de reflexão. Crie o hábito de ter esse momento todos os meses. Nós garantimos: esse diálogo pode fazer muita diferença na sua vida.