Nesta segunda, o acampamento receberá o mandado para sair da área da Prefeitura; neste dia, eles completam um mês no local
O grupo espera uma resposta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre a liberação de áreas improdutivas no noroeste paulista
O grupo sem-terra “Nelson Mandela II” receberá nesta segunda-feira, de um oficial de justiça, o mandado com o prazo de cinco dias para desocupar a área. Amanhã o acampamento completa um mês em um terreno da Prefeitura de Votuporanga, que fica atrás da Estação Ferroviária.
De acordo com a líder do grupo, Gildete dos Santos Gotardi, eles pretendem procurar o juiz Camilo Resegue Neto, responsável pelo processo, para tentar um acordo com a Prefeitura. “Vou procurar um advogado para tentar este acordo com o juiz, para ver se o prefeito nos deixa aqui só por mais um tempo, até nossas terras serem autorizadas pelo Incra”, disse.
Gildete também contou que há terras prestes a serem liberadas para o grupo. “Não queremos perder algo que lutamos por tanto tempo para conseguir. O pessoal está um pouco desanimado, eles querem uma solução”.
A mudança das margens da Vicinal Adriano Pedro Assi (Estrada do 27), para o local foi motivada pela insegurança que os acampados tinham por estarem perto da linha do trem. De acordo com a líder do grupo, a informação que tinha é de que o local pertencia à União, assim como o último espaço em que estavam acampados.
“Nosso acampamento possui 49 famílias que estão há um ano e meio nessa luta por um pedaço de terra. Não vamos ficar aqui para sempre, é temporário até conseguirmos nossas terras”, disse.
O grupo espera uma resposta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre a liberação de áreas improdutivas no noroeste paulista.
Gildete ainda disse que o acampamento é filiado a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação da Agricultura Familiar (FAF).