O jornal A Cidade conversou com alguns integrantes do circo, que contaram suas histórias.
As irmãs Daiane e Débora largaram tudo e seguiram a atração
Desde a semana passada, até este domingo, a avenida dos Bancários, perto do Centro de Convenções, está hospedando o Circo do Jacaré, uma opção a mais de entretenimento para os moradores do município. O jornal A Cidade conversou com alguns integrantes do circo, que contaram suas histórias.
Débora Lívia de Oliveira, 27, está há 9 anos com a trupe. Ela morava em Quintana, que fica na região de Marília, quando começou a namorar com o palhaço do circo. “Um mês depois a atração partiu, mas continuamos o nosso relacionamento por telefone. Decidi então largar tudo e seguí-lo”, falou.
Ela disse que na época, faltava apenas três meses para receber seu diploma de professora, pois cursava ainda o Cefam (Centro de Formação e Aperfeiçoamento ao Magistério). “Nem esperei me formar’, disse.
Débora é mãe de dois filhos: Ashiley, de 8 anos, e Artur, de 1 ano. A filha mais velha já estudou em várias escolas, devido à rotina de viagem e trabalho do circo. Quando surge algum problema de saúde, as crianças são levadas para a emergência do hospital.
Ela mora com a família em um trailler, que oferece estrutura de uma casa comum: banheiro, dois quartos, sala e cozinha. O salário varia de acordo com a época do ano. “Tem mais público em janeiro, junho e dezembro, quando as crianças estão de férias”.
Daiane Suzana Paiva Oliveira, 22, é irmã de Débora. Ela conheceu o primo do marido da irmã, e também decidiu seguir o circo. Há cinco anos com a comitiva, ela atualmente trabalha em vários setores. Tem um filho de três anos, Henry.
“Sempre gostei de arte, de teatro, e vi no circo a oportunidade para viver tudo o que eu sempre quis. Creio que hoje não me adapto mais na cidade, já me acostumei”, disse.
As irmãs contaram que no começo a família das jovens ficou receosa com o estilo de vida escolhido, mas com o passar do tempo passaram a entender.
Para ela, os imprevistos podem surgir a cada momento, como na vida de qualquer pessoa. “Com a chuva desta semana, o nosso medo foi perder a lona, ou ter algum prejuízo nos traillers”, falou.