Os radialistas João Carlos Ferreira e Cláudio Craveiro, registraram e viveram esses momentos em campo, ao lado da torcida, diretoria, comissão da época e jogadores
Radialistas João Carlos Ferreira e Cláudio Craveiro relembram dérbis entre Rio Preto e a antiga AAV (Foto: Arquivo)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Apesar das poucas disputas entre Rio Preto e Votuporanguense desde a volta do futebol profissional, com a criação do CAV (Clube Atlético Votuporanguense) em 2009, os clássicos regionais já movimentavam a região e deixavam a rivalidade em campo, quando a Alvinegra ainda era AAV (Associação Atlética Votuporanguense).
Os radialistas João Carlos Ferreira e Cláudio Craveiro, registraram e viveram esses momentos em campo, ao lado da torcida, diretoria, comissão da época e jogadores. Segundo eles, naquele tempo, as disputas ocorriam na conhecida ‘Divisão Intermediária’ (atual série A2), que era composta por times da região como o Catanduvense, Mirassol, Linense, Fernandópolis, Tanabi, a própria Votuporanguense e o Rio Preto.
O encontro frequente de rivais, incorporados nos ‘Dérbis regionais’ e a competitividade entre os times se tornou ainda maior, bem comoos clássicos ainda mais conhecidos e cada jogo virou um campeonato à parte. “O maior adversário sempre foi o Fernandópolis e a rivalidade maior depois de Fernandópolis era com o Mirassol, Rio Preto era uma terceira força que existia”, disse o jornalista João Carlos.
Mesmo sendo a terceira força, a concorrência entre o verde e branco do Jacaré e a Pantera Alvinegra, sempre foi grande, o que ficou ainda mais em destaque no ano de 1987, por conta de desacertos entre as diretorias dos clubes.O Rio Preto presidida por Wayta Menezes Dalla Pria e a Votuporanguense por Dorival Veronezi.
Naquele ano, o clube venceu o Rio Preto tanto em casa como fora, com o grande elenco composto por Edson Oliveira, Valô, Helinho, Edson Pereira, Miro e Serginho Brasília Betão, Lima, Jenildo, Udelson e Aroni.
“Já tinha essa rivalidade no futebol e sempre marcado por grandes jogos, torcida em peso e por ser perto, sempre ia torcedores daqui para lá e de lá para cá, tornava os jogos mais acirrados. A maior rivalidade entre os times, que eu me lembro foi neste ano”, completou ainda João Carlos.
Cláudio Craveiro também relatou a emoção dos jogos, que eram sempre de casa cheia, jogadores competitivos, provocações entre os dirigentes e até elogiou a arbitragem da época. “Era tudo jogo bom, a gente ganhava lá, o Rio Preto engrossava aqui. Jogo pegado dava briga em campo, era Dérbi mesmo, igual Palmeiras e Corinthians, o tempo fechava. Era casa cheia, fora de série, nosso Plínio Marin antigo lotava, era bonito de ver o verdão do Rio Preto contra o nosso preto e branco”, disse ele.
Além disso, Craveiro também relatou que a Votuporanguense sempre levou vantagem tanto no estádio Plínio Marin, quanto no Anísio Haddad.
Desde que o CAV voltou ao profissional do paulista, os clubes se enfrentaram em quatro situações, desde então, duas com vitórias da Alvinegra, uma para o Rio Preto e um empate.