A direção da Votuporanguense também terá que lidar com as dificuldades financeiras no Campeonato Paulista da Série A3
Em entrevista ao jornal A Cidade diretor de futebol, Diego Cope, disse que cota vinda da Federação chegou à R$ 210 mil (Foto: A Cidade)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Como se não bastasse o sofrimento da diretoria e torcedores do CAV (Clube Atlético Votuporanguense) por não voltar a Série A2, a direção da Votuporanguense também terá que lidar com as dificuldades financeiras no Campeonato Paulista da Série A3. Com a perda do acesso, o prejuízo do clube pode passar dos R$ 600 mil.
A explicação para a cifra, em tese, é simples. A diferença da cota enviada pela Federação aos times da Série A2 e A3 gira em torno de R$ 500 mil, já que não há participação na TV. Somado a esse valor está o prêmio que a Votuporanguense deixou de ganhar por não disputar a final. Se fosse a campeã, a Alvinegra faturaria uma premiação de R$ 110 mil, enquanto em segundo embolsaria R$ 77 mil.
Com a atual circunstância da pandemia, dificuldades para conseguir patrocínios e gastos maiores devido aos novos protocolos da Covid-19, a cota vinda da Federação para a Alvinegra, neste ano, girou em torno de R$ 360 mil. Descontando os gastos com fiscais, impostos, arbitragem e demais serviços chegou para o clube cerca de R$ 210 mil.
Isso é o que explica o diretor executivo de futebol da Votuporanguense, Diego Cope, que apesar do desalento pela perda do acesso para a A2, atendeu a reportagem e relatou sobre a cota deste ano, na segunda-feira (7).
“Acaba sendo muito ilusório, de R$ 350 mil o CAV acaba recebendo R$ 200 e 210 mil. Ainda mais nessa fase final, que a gente recebeu aqui em casa, árbitros de primeira divisão, que acabam sendo mais caros, isso descontam da gente. Então acaba que não paga o campeonato a cota que recebemos da Federação”, relatou.
Tais números colaboram para o que disse o presidente da Alvinegra, Edilberto Fiorentino, o Caskinha, após a partida de anteontem, em que cobrou mais apoio do empresariado votuporanguense, pelo trabalho sério feito pelo elenco e pela comissão técnica.
“Nós precisamos do apoio do empresário de Votuporanga, ele precisa ajudar o CAV, precisa colocar seu patrocínio aqui e nos apoiar, o futebol é muito caro, a gente chega no final desse ano, participando agora da Copa Paulista, com um déficit de mais de R$ 1,5 milhão, isso não é brincadeira”, disse.