Após vistoria para o licenciamento, o Brothers F. C. não teria entrado para a lista de clubes aptos a participar do torneio, diz gestor
Time de futebol feminino de Votuporanga poderá ficar de fora da lista de times aptos a participar do Paulistão Feminino deste ano (Foto: Brothers F.C.)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Os sonhos da diretoria e da equipe de futebol feminino de Votuporanga podem ser mais uma vez adiados. Isso porque o clube Brothers F. C. pode ficar de fora do Campeonato Paulista de Futebol Feminino, deste ano. A informação vem da diretoria do time, que já se planeja para não parar o trabalho mesmo com a decisão da FPF (Federação Paulista de Futebol).
Segundo o gestor e treinador, Alcir Camargo, nada ainda foi oficiado pela Federação, mas ele disse que a informação inicial é de que o Brothers não entraria para a lista de clubes aptos a participar do campeonato e a equipe teria, mais uma vez, que adiar seus objetivos.
“Recebi uma ligação, não foi de maneira oficial, de que não entramos para a lista dos 12 clubes aptos. Interpelamos um ofício, colocando tudo o que fizemos e deixamos de fazer, esperamos uma resposta”, disse.
Ele relatou que o clube está devidamente vinculado à Federação, pode participar de campeonatos de base e estão aptos a registrar atletas, mas, para a disputa da primeira divisão, o Brothers, assim como os demais times, precisou passar pelo licenciamento, o que de fato permite a participação no torneio.
Conforme as exigências para ser licenciado, a coordenadora de futebol feminino, Ana Lorena Marche, esteve em Votuporanga na semana passada, para avaliar as obrigações do clube como: a de informar previamente os nomes e carteiras de registro da comissão técnica, atletas, fisioterapeutas, médicos, e outras recomendações especiais, que são considerados pré-requisitos mínimos.
Também foi preciso apresentar o local de treinamento com uso garantido de 12 meses, aprovado pela Federação. O time também precisou mostrar a organização do departamento de futebol, um termo de responsabilidade assinado pelo presidente, bem como, o registro de ao menos 15 atletas no sistema da FPF, equilíbrio de gêneros na formação do corpo técnico, investimento em categorias de base e a licença da CBF para os treinadores.
Mesmo após ter apresentado toda a documentação solicitada e passado pelas exigências, Alcir disse que veio a resposta negativa e que, agora, a direção do clube corre para não deixar as atletas que representariam o município sem jogar e, por isso, já estão entrando em contato com outros times de futebol feminino na esperança de transferi-las para outras equipes.
“Essa é a alternativa para o momento, já que nada é o oficial. É difícil, desestimula, porque ficamos preocupados com as atletas, estamos tentando encaminhar elas para outros clubes e se conseguirmos entrar no torneio, elas voltam”, completou.
Os planos até mesmo de contratações foram adiados. Segundo o treinador, o clube se preparava para acertar com cinco atletas que viriam do Campeonato Brasileiro Série A e B, para reforçar o elenco com experiência.
“Iria chegar umas cinco ou seis atletas, fora as que ainda não tinham se apresentado, mas que estava certo. Nosso elenco estaria montado com 25 atletas, no total. Essa situação nos pegou de surpresa”, finalizou.
O A Cidade questionou a Federação Paulista sobre o futuro e a possível suposta exclusão do time votuporanguense do campeonato, mas a entidade se limitou a dizer que “os detalhes sobre o Paulista Feminino, como clubes participantes, serão definidos e divulgados nas próximas semanas”.
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