Ação é realizada em escolas de Ibirá. A cada 35 latinhas ou 35 garrafas pets, os alunos trocam pela moeda "Ibirazinho", que é usada para comprar brinquedos e bolas nas escolas.
Crianças levam latinhas e pets para trocar por ibirazinhos em escolas — Foto: Reprodução/TV TEM
Um projeto socioambiental mudou a rotina de alunos na cidade de Ibirá (SP), cidade no Noroeste Paulista. Na ação, os estudantes são incentivados a trocarem materiais recicláveis por um dinheiro fictício, que é usado para comprar brinquedos e bolas nas escolas.
Todas as escolas da rede municipal entraram no projeto e são cerca de 1,2 mil alunos participantes. O projeto foi idealizado por um professor e aceito pela administração.
“A cidade mudou o pensamento de separação de lixo, envolvimento dos pais, da criançada. Isso eu não esperava. Tem sido uma alegria muito grande”, afirma o professor Adriano Júnior, idealizador do projeto.A cada 35 latinhas ou 35 garrafas pets os alunos trocam por um "ibirazinho", a moeda local. Com isso, são disponibilizadas 200 moedas para cada escola por semana.
De acordo com o professor, a prefeitura compra os brinquedos com o que recebe da cooperativa que paga pelo material reciclável. Cada unidade escolar montou sua própria lojinha que funciona em um dia da semana.
O "ibirazinho real" são notas que imitam dinheiro nos mínimos detalhes. Elas são impressas num papel diferente, com numeração e até faixa holográfica para atestar a autenticidade de cada cédula.
De reciclável em reciclável, os estudantes estão descobrindo que o que ia para o lixo pode virar dinheiro.
O estudante Edson José Gregati Júnior, de 12 anos, por exemplo, conseguiu em um dia 12 ibirazinhos.
“A gente passa de carro, tem lata na rua a gente pega. Tudo que vejo na rua pedia para o vizinho e isso ia juntando. Vou pegar cada vez mais”, afirma o estudante.
Desde que as crianças começaram a trocar recicláveis por "ibirazinho", o galpão de recicláveis tem ficado lotado e as latinhas e garrafas de plástico viraram artigo de luxo nas lixeiras.
“A gente não acha mais latas ou garrafas pets nos lixos, papelão, porque as crianças pegam tudo”, diz a cooperada Tatiane Rodrigues dos Santos.
Fonte. G1