Série do A Cidade tem mostrado relatos de votuporanguenses pelo mundo sobre a situação do Covid-19
Jéssica traz relatos do país que tem registrado uma média de 700 mortes por dia em razão do coronavírus (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Desde a semana passada o jornal A Cidade tem registrado em suas páginas uma série de reportagens especiais com relatos de votuporanguenses que estão em outros países, mas também enfrentam os desafios impostos pela pandemia de coronavírus. A inciativa tem por objetivo retratar as diferentes ações governamentais para a contenção da doença que tem assombrado o planeta.
A entrevistada de hoje vem direto do atual epicentro da pandemia, que tem registrado uma média de 700 mortes por dia: a Itália. Jéssica Escremin, de 29 anos, está no país há seis meses e tem vivenciado de perto esse cenário aterrorizante.
“Em toda a Itália a preocupação é constante. O medo que temos de sair na rua é porque aqui o suporte da saúde pública está escasso. Então, se você ficar doente, pode ser que você não tenha um leito e que venha a óbito. Por isso tentamos nos prevenir e ficamos dentro de casa”, contou.
Para ela o governo italiano demorou para adotar medidas sérias de contenção o que acabou provocando o caos que todos acompanham hoje pela TV.
“Estamos de quarentena desde o dia 11 de março, e desde o dia 15 de fevereiro, mais ou menos, que foram descobertos os primeiros casos. Por isso que a Itália possui esse problema, pois foi quase um mês que eles ficaram sem medidas e sem falar nada para população do que fazer e do que não fazer”, disse ela.
Ela conta que depois que a doença tomou conta do país as pessoas começaram a se conscientizar e a seguir as determinações do governo para conter o avanço do vírus.
“O que podemos fazer é somente ir ao mercado, à farmácia e não podemos ficar transitando pela rua, se ficarmos transitando pela rua sem um motivo necessário você pode ser multado ou até preso por três meses. Então precisamos ter um motivo para sair de casa. Aqui saímos a cada 20 dias para ir ao mercado e utilizamos transporte público, com todas as precauções da máscara, luva e tentando se prevenir da melhor maneira”, completou.
Por fim Jéssica pede para que todos se cuidem e mantenham o isolamento social. “Espero que todos aí no Brasil fiquem bem e que vocês se previnam. O meu recado é que vocês fiquem em casa, no isolamento e evitar coisas desnecessárias”, concluiu.