Gabriel Felipe, conta que medidas duras do governo foram determinantes para evitar a propagação da doença
Gabriel Felipe disse que se sente seguro na Irlanda, mas teme pela saúde das pessoas que ama aqui do Brasil. (Foto: Arquivo Pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Mesmo com uma situação bem mais tranquila que o Brasil em relação à propagação do coronavírus, a Irlanda, que possui apenas 1.500 casos confirmados da doença e nove mortes, adotou medidas que foram determinantes para controlar o avanço em seu território.
Quem contou isso para a série do A Cidadeque visa trazer a visão de votuporanguenses sobre a situação do coronavírus em outros países do mundo, foi o estudante Gabriel Felipe, de 26 anos. Ele vive em uma cidade chamada Cork, mais ou menos do tamanho de Votuporanga.
“Quando o vírus começou a se espalhar aqui na Europa o país decidiu fechar todas as fronteiras e também decidiu fechar praticamente todas as escolas e instituições, como: bares, restaurantes, faculdades. Tudo parou. Então tem mais ou menos dez dias que estamos em isolamento total”, contou.
Há, porém, uma contrapartida do governo local para que os cidadãos mantenham o isolamento. Segundo ele, por conta dessas e de outras medidas, o cenário lá é bem melhor do que no Brasil.
“Em vista disso, o governo tem nos pago nossos salários normalmente, para que a gente consiga arcar com nossas despesas, sabendo que tem muito trabalhador em casa, isso é um ponto positivo da Europa, então ele tem pago esse benefício para a gente semanalmente e a nossa obrigação, entre aspas, é manter o isolamento. Temos acompanhado sempre os noticiários ao coronavírus aqui, então isso é uma coisa que nos deixa bem otimistas e ainda assim, está bem controlado, diferentemente do Brasil que demorou para agir”, completou.
Ele conta que se sente seguro lá, mas teme pela saúde das pessoas que ama aqui no Brasil. “Me sinto seguro aqui, me sinto tranquilo porque aqui sei que consigo ficar isolado e o Brasil demorou um pouco de tempo para adotar essas medidas de segurança. Então, o vírus pode ter se espalhado mais e isso é uma coisa complicada. Mas quanto ao isolamento, estar na Europa e estar sozinho é complicado. Difícil estar longe de quem amamos em um momento tão complicado. Mas é só ter força e foco, pensar que isso vai acabar logo e torcer para que tudo isso seja breve”, concluiu.