Presidente chamou de 'crime ações de 'alguns poucos' prefeitos e governadores. Ele disse que vai conversar com ministro da Saúde sobre 'isolamento vertical', menos rigoroso
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas de isolamento no combate ao coronavírus, ao contrário do que recomendar autoridades sanitárias (Foto: Guilherme Mazui/G1)
O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta quarta-feira (25) o posicionamento do discurso em rede nacional que fez na terça, em que criticou medidas de isolamento e quarentena tomadas por governos estaduais no combate ao coronavírus.
As ações de isolamento são recomendações de autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em vários estados do Brasil, os governos locais determinaram fechamento temporário do comércio, escolas e serviços não-essenciais para evitar o avanço do vírus.
Bolsonaro se justificou dizendo que o isolamento vai criar uma crise econômica e gerar desemprego, o que, segundo ele, pode levar a conflitos sociais e abalo na democracia. O presidente disse que espera que o vírus não mate ninguém, mas afirmou que outros vírus mataram e, nas palavras dele, não houve "essa comoção toda".
"O que estão fazendo no Brasil, alguns poucos governadores e alguns poucos prefeitos, é um crime. Eles estão arrebentando com o Brasil, estão destruindo empregos. E aqueles caras que falam 'ah, a economia é menos importante do que a vida'. Cara pálida, não dissocie uma coisa de outra", afirmou o presidente a jornalistas na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que está conversando com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que o ministério passe a adotar a orientação de isolamento vertical.
"Conversei por alto com Mandetta ontem [terça], hoje [quarta] vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa. A orientação vai ser o vertical daqui para frente. Vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com Mandetta", disse.
*G1.com