(Foto: Rodrigo Fernandes/TechTudo/ Reprodução)
O número de ataques de trojans bancários, malwares capazes de roubar credenciais bancárias de vítimas (também chamados de bankers), cresceu globalmente cerca de 2,5 vezes no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o trimestre anterior. Segundo relatório divulgado pela agência de cibersegurança Kaspersky nesta sexta-feira (19), pesquisadores da empresa detectaram 42.115 arquivos de trojan bancários nos três primeiros meses do ano, atingindo o maior número de casos nos últimos 18 meses.
Os ataques a dados bancários ocorrem majoritariamente por meio de phishing, quando usuários de serviços digitais de bancos baixam aplicativos falsos nas lojas virtuais. Com layout próximo, esses softwares maliciosos parecem legítimos, mas se aproveitam de um descuido da vítima para roubar informações pessoais, dados bancários e dinheiro de contas digitais.
O relatório, que traz informações sobre a evolução de ameaças de TI no primeiro trimestre deste ano, ainda aponta que foram encontrados mais de 42 mil arquivos deste tipo de software malicioso, número que representa o pico de ataques dos últimos 18 meses. Entre os países com maior número de ataques de malware bancário estão o Japão, Espanha, Itália e Brasil.
O especialista em segurança da Kaspersky Victor Chebyshev alerta que "neste período de distanciamento social e lockdown, todos estamos usando mais nossos dispositivos móveis para acessar serviços financeiros", portanto, o cuidado deve ser redobrado. A Kaspersky ainda traz dicas de como se prevenir e evitar golpes como os dos trojans bancários: evite baixar aplicativos fora da loja virtual oficial, ou seja, só instale apps oferecidos pela Google Play Store ou pela App Store.
Ainda assim, é preciso cuidado, já que apps maliciosos podem se aproveitar de falhas no sistema de segurança do Android, abusando das permissões concedidas. O ideal é checar as informações do app, tais como o fabricante e desenvolvedor e ler resenhas de usuários na Internet, se suspeitar que o aplicativo é falso ou malicioso. Preste atenção, também, às permissões concedidas. Se elas não estiverem de acordo com a proposta oferecida pelo aplicativo, suspeite.
*G1