Descanso pode ficar comprometido devido ao estresse gerado pelo tédio, além de alterações no padrão alimentar e estilo de vida
O impacto da quarentena na qualidade do sono. (Foto: David Mao/Unsplash/G1)
A pandemia da Covid-19 despertou mudanças bruscas na rotina das pessoas que tiveram que entrar em quarentena para reduzir a propagação do vírus. O estresse gerado pelo tédio tem sido associado a alterações no padrão alimentar e estilo de vida, ocasionando até mesmo um comprometimento do sono.
É comum observar o desenvolvimento de distúrbios do sono que pioram a ingestão de alimentos, dando origem a um ciclo vicioso. Um estudo recente publicado na European Journal of Clinical Nutrition (2020) pontuou as principais recomendações nutricionais no período de pandemia, destacando a importância de usar a alimentação a favor da síntese de serotonina e melatonina, especialmente durante a noite.
Uma variedade considerável de espécies vegetais, como raízes, folhas, frutos e sementes, como amêndoas, bananas, cerejas e aveia, contém melatonina e serotonina. Esses alimentos também podem fornecer o precursor da síntese endógenas desses hormônios, o triptofano.
Outro grupo de alimentos que merece atenção e que foi citado pelos autores no estudo são os alimentos proteicos, como leite e produtos lácteos, consideradas as principais fontes do aminoácido triptofano, indutor do sono. Ele está envolvido na regulação da saciedade e ingestão calórica via serotonina, que reduz a ingestão de carboidratos e gorduras e inibe. Além das propriedades indutoras do sono, os produtos lácteos, sobretudo o iogurte, também podem aumentar a atividade natural das células imunológicas que combatem agentes agressores, reduzindo o risco de infecções respiratórias.
*G1/Roberta Lara