Medidas para conter avanço da pandemia de coronavírus começaram há 100 dias; a partir desta quinta-feira (2), multa para quem for flagrado sem máscara será de R$ 500
Pessoas passam pela rua 25 de março, em São Paulo, com o comércio fechado no início da quarentena (Foto: Marcelo Brandt/G1)
O estado de São Paulo completa 100 dias de quarentena nesta quarta-feira (1º) com obrigatoriedade do uso de máscaras nas ruas de todo o estado sob pena de multa. Determinada pelo governador João Doria (PSDB), a medida de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus começou no dia 24 de março em todas os 645 municípios e foi sendo prorrogada. O último prolongamento aconteceu na sexta-feira (26), quando Doria anunciou que a quarentena segue até 14 de julho.
Em sua primeira fase, a quarentena determinou o fechamento do comércio e manteve apenas os serviços essenciais abertos, como as áreas de saúde, alimentação, segurança, transporte público, transportadoras e armazéns, empresas de telemarketing, petshops, deliverys, limpeza pública e postos de combustível. Nessa época, o estado tinha 745 casos e 30 mortes.
Dias depois, a Prefeitura publicou um decreto aumentando a lista de serviços essenciais autorizados a funcionar. As atividades religiosas foram incluídas na lista devido a um decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), também foi acrescentada a comercialização de embalagens e materiais de construção, por exemplo.
Nessa época, os índices de isolamento social eram o principal parâmetro das decisões da Secretaria Estadual de Saúde enquanto o governo estadual investiu no aumento do número de leitos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) dos hospitais e a capacidade de processamento de testes dos laboratórios.
O Instituto Adolfo Lutz chegou a ter 17 mil testes represados na fila apesar da sua capacidade de processamento ter aumentado para 2 mil testes diários e de ter credenciado laboratórios em todo o estado para dar conta da demanda.
Nessa época, o número de casos confirmados era de 800.216 e o estado tinha a metade das 1.057 mortes pela doença no país. A fila de testes só foi zerada no final de abril.
Por meio de parcerias com a iniciativa privada e inauguração dos hospitais de campanha do Pacaembu, do Anhembi, do Ibirapuera e de Heliópolis, o governo conseguiu aumentar a capacidade de leitos .
*G1.com