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Geral
No Dia da Síndrome de Down, mãe conta rotina e desafios na criação do filho em Votuporanga
A data tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a síndrome e promover a inclusão das pessoas na sociedade
Hoje, 21 de março, é o Dia Internacional da Síndrome de Down, que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a síndrome e promover a inclusão das pessoas com essa condição na sociedade. Nesta data importante, o jornal A Cidade conversou com a mãe votuporanguense Catharina Helena Garcia Martins, que falou sobre a criação do seu filho Marco Antônio, que tem a síndrome.
A comerciante Catharina, de 39 anos, é casada com Eliseu Dias Martins e, além de Marco Antônio, de 5 anos, tem outro filho, Matheus Henrique, de 13 anos. A família reside no Parque das Brisas, zona Oeste da cidade.
Mãe batalhadora, Catharina faz de tudo pelo bem da sua família. Marco Antônio frequenta a escola Risco e Rabisco, e tem uma rotina de terapias todos os dias. A fonoaudiologia é para o desenvolvimento cognitivo e de linguagem, e ele participa de sessões individuais duas vezes por semana pelo método ABA. “O objetivo maior com o trabalho de fono é possibilitar uma comunicação eficiente, que pode ser verbal ou não. Além disso, ajuda a fortalecer a musculatura buco-maxilo-facial, a articulação de sons, leitura e escrita, diminui as dificuldades de alimentação e como ela se coordena com a respiração e a fala”, contou a mãe.
Ele também faz fisioterapia, uma vez que é comum que as crianças que nascem com Síndrome de Down tenham hipotonia muscular. Os membros são muito flexíveis e o corpo em geral tem pouca força, o que pode acarretar em lesões nas articulações – luxações e distensões – até com mínimo esforço. “A fisioterapia serve para o fortalecimento físico geral da criança e para auxiliar no desenvolvimento da movimentação correta. Marco faz duas vezes na semana pelo método Cuevas Medek”, explicou.
Já a terapia ocupacional, além de divertida, é benéfica de muitas formas na rotina das crianças com a síndrome – e até para aquelas que não têm condições especiais. Nela são realizadas atividades lúdicas, culturais e corporais, levando em consideração as necessidades e desejos de cada criança. O menino faz o método Denver e ABA, duas vezes na semana.
Por fim, a hidroterapia, que é a terapia dentro da água, serve para aumentar o tônus muscular e estimular a autoconfiança da criança. Ele participa uma vez por semana.
Ser mãe de uma criança com a síndrome não é fácil, mas Catharina é forte e não foge dos desafios. “Eu sou mãe atípica, e é claro que já sentiram pena de mim por eu ter um filho com deficiência, já fui chamada de mãezinha guerreira e que Deus só dá filhos especiais para mães especiais. Já chamaram meu filho de fardo, usando a seguinte frase: ‘Deus não dá um fardo maior do que você pode carregar’. Já negaram matrícula para o meu filho alegando que ‘não temos vaga’ ou então que já tinha uma criança com necessidades especiais por sala de aula. Já precisei andar muito longe carregando meu filho no colo porque tinha alguém sem credencial usando a vaga para pessoa com deficiência”, declarou.
A comerciante lembra que pessoas com Síndrome de Down “não são anjos, são pessoas com direitos e deveres”. Na visão dela, é necessário combater o capacitismo, que é a discriminação ou preconceito contra pessoas com deficiência, baseado na crença de que ter uma deficiência é inferior ou menos valioso do que não ter. “Outra questão importante é que ninguém é portador de Síndrome de Down. Não se porta, se tem. Com estimulação e dedicação, as pessoas com Síndrome de Down podem ter uma vida comum como todos nós dentro das capacidades de cada um. Quando não souber como chamar uma pessoa com deficiência a chame pelo nome. Precisamos desmistificar e perceber que são pessoas apenas com uma capacidade maior em expressar suas emoções, e que precisam e devem ser respeitadas como qualquer outra pessoa. Não existem graus em Síndrome de Down. Ou se tem ou não se tem. O que muda é a capacidade de desenvolvimento individual de cada um”, esclareceu.
Catharina já chorou muito quando seu filho é excluído de alguma brincadeira por crianças da idade dele, além de outras várias situações, no entanto ela segue em frente. “Vivo um dia de cada vez, trazendo leveza para os nossos dias, nos rodeando de pessoas que gostam e respeitam meu filho como ele é. Vamos ao clube, à praia, ao show. Marco Antônio tem uma vida feliz”, concluiu.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/geral/2024/03/no-dia-da-sindrome-de-down-mae-conta-rotina-e-desafios-na-criacao-do-filho-em-votuporanga-n79402
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