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Educadora que dopou crianças em creche com remédio tarja preta é condenada em Votuporanga
O caso aconteceu em 18 de outubro de 2018 e sentença foi publicada anteontem, a educadora, já demitida, cumprirá cinco anos de prisão
publicado em 12/07/2024
A educadora, identificada como A.G.B, a cinco anos de prisão em regime semiaberto, por ter dopado com tranquilizantes tarja preta crianças (Foto: A Cidade/SBT Interior)
Fernanda Cipriano
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
O juiz da 2ª Vara Criminal e Infância e Juventude de Votuporanga, dr. José Guilherme Urnau Romera, condenou a educadora, identificada como A.G.B, a cinco anos de prisão em regime semiaberto, por ter dopado com tranquilizantes tarja preta crianças do Cemei (Centro de Educação Infantil) “Valter Peresi”.
De acordo com a denúncia, o caso foi registrado em 18 de outubro de 2018, a mãe suspeitou do crime quando seu filho de 11 meses, identificado como H.N.A., saiu desacordado da creche e foi levado para a Santa Casa, onde exames toxicológicos identificaram a presença de clonazepam, um tranquilizante conhecido como Rivotril.
O caso ganhou repercussão à época e após a denúncia mais três outras mães relataram sintomas semelhantes em seus filhos na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). As mulheres disseram até que as crianças chegaram a ser internadas em repetidas vezes, em um dos casos o bebê permaneceu três dias hospitalizado.
Na época dos fatos, a educadora foi exonerada do cargo pela prefeitura após uma sindicância. O Ministério Público abriu inquérito e denunciou a profissional por administrar o medicamento sem autorização e em desacordo com as determinações legais.
A denúncia foi recebida pela Justiça em 2020. A mulher negou ter administrado o medicamento, mas as provas incluíam laudos periciais, exames toxicológicos e imagens de câmeras de segurança da creche.
Durante a investigação, foi comprovado que a acusada tinha acesso e usava a medicação, recebendo tratamento de urgência para transtornos mentais e comportamentais relacionados ao uso de sedativos, indicando que ingeriu clonazepam durante crises de pânico.
Ainda em juízo, a ex-educadora ainda negou os fatos e disse que não era ministrado nada sem receita médica, falou ainda que não tinha conhecimento sobre os episódios de crianças com sintomas como desmaios.
A versão, porém, não convenceu o juiz que disse que a educadora tinha a intenção de tornar a criança inativa para facilitar a supervisão durante o período escolar, colocando em risco a saúde das crianças.
Por isso, ela foi condenada a cinco anos de prisão em regime semiaberto e a mulher terá que pagar 518 dias-multa. Ela respondeu ao processo em liberdade e poderá recorrer da decisão.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/geral/2024/07/educadora-que-dopou-criancas-em-creche-com-remedio-tarja-preta-e-condenada-em-votuporanga-n80985