Durante a exposição do seu trabalho, a jornalista Jociene Ferreira apresentou detalhes da sua pesquisa acadêmica chamando a atenção para a formação profissional e pedagógica por parte dos professores que lecionam nos cursos de Jornalismo, além de ressaltar a importância de cursos de formação continuada de professores no Ensino Superior. Durante a sua apresentação, ela ilustrou o seu trabalho com depoimentos coletados de docentes-jornalistas em salas de aulas nas mais diferentes regiões do país.
Durante a banca de defesa pública, a profa. Dra. Silvana Malusá, orientadora de Jociene, enfatizou à plateia presente, formada basicamente por alunos da graduação e pós-graduação e professores de jornalismo da UFU, o ineditismo da tese a ser avaliada pela banca, tendo em vista a falta de pesquisas sobre o assunto nos meios acadêmicos.
Para o Prof. Dr. Adolfo Queiroz, que há mais de 30 anos milita na área acadêmica, numa carreira brilhante que começou como professor de Publicidade e Propaganda na Universidade Metodista, campus de Piracicaba, trata-se de um trabalho de relevância justamente por unir campos tão importantes quanto a Comunicação e a Educação. Um esforço que já havia sido tentado em outras oportunidades, porém sem sucesso.
Já o Prof. Dr. Robério Ribeiro, ao proclamar que “é uma honra a Bahia estar representada nesta banca formada por paulistas e mineiros”, apontou um fato inédito: como professor titular da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, se reconheceu como participante da pesquisa. Robério discorreu sobre a sua experiência enquanto professor em universidades baianas e paranaenses, enfocando a importância de se conhecer questões fundamentais da Educação para considerar-se um docente verdadeiramente rogeriano, baseados em tendências humanistas. Adriana Omena dos Santos e Guilherme Saramago, da UFU, levantaram questões relativas ao resultado prático alcançado pela aluna expositora, mostrando-se preocupados com os conhecimentos pedagógicos desses professores, além de lançar uma reflexão sobre como seria tal discussão se a pesquisa fosse realizada também com as universidades particulares.
A jornalista Jociene Ferreira foi aprovada com total reconhecimento dos membros da banca que sugeriram publicação imediata em livro de sua tese de doutorado, servindo como instrumento de orientação pedagógica a todos os docentes que lecionam nos cursos de Jornalismo. A solenidade de leitura da ata lavrada ao final da sessão foi marcada pela emoção dos presentes. A recém-doutora recebeu calorosas homenagens das colegas e, principalmente, da sua orientadora Silvana Malusá, que a presenteou com um anel de formatura. O discurso de Jociene foi carregado de agradecimentos a todos que estiveram envolvidos no processo do seu doutorado. Ainda, no encerramento, foi concedida a palavra ao seu pai, o jornalista João Carlos Ferreira, que discorreu sobre a vocação da filha pela carreira acadêmica.
Jociene Carla Bianchini Ferreira, filha de João Carlos Ferreira e Neusa, é graduada em Jornalismo e Letras, com mestrado em Comunicação pela Unimar- Universidade de Marília.
Atualmente, leciona na UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais (campus de Frutal). Em Votuporanga, cursou a pré-escola no Piconzé/Anglo e o ensino fundamental e médio na escola Dinâmica. Ela integra o conselho editorial do jornal A Cidade de Votuporanga.