Abner nasceu ontem com uma brilhante missão, ajudar no tratamento de Pedro Tassi Peixoto
Abner, células tronco do primo devem ajudar no tratamento de Pedrinho
Leidiane Sabino
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Um ano e cinco meses depois do tratamento na China, a família do menino Pedrinho, Pedro Tassi Peixoto, comemora os resultados obtidos. Hoje, ele consegue firmar o corpo, entende tudo o que ouve e se prepara para entrar na escola no ano que vem. Além disso, a manhã de ontem foi muito especial, às 7h30 nasceu Abner, o primo que doou as células tronco da parece e do sangue do cordão umbilical que serão implantadas em Pedrinho.
Surge uma nova esperança para a evolução de Pedrinho. A coleta das células foi realizada por uma enfermeira especializada da clínica CCB, de São Paulo. Agora, o material será separado. As células da parede do cordão, que ficarão armazenadas a -170° em nitrogênio líquido, podem ser utilizadas em tratamento de paralisia cerebral. Após o exame de compatibilidade, o material pode ser aplicado em Pedrinho daqui 30 dias, por um médico de Votuporanga. Antes disso, o menino será consultado por um neurologista, que indicará quantas aplicações ele precisará.
Abner é filho de Gláucia e Ivan, que é irmão de Andreza Tassi Peixoto, a mãe de Pedrinho.
“Na Alemanha há casos de meninos curados com este tratamento. Para nós, é mais um momento de grande esperança”, falou Álvaro Peixoto Júnior, pai de Pedrinho.
Os resultados de Pedrinho
Pedrinho completou três anos em dezembro do ano passado e ainda enfrenta uma grande maratona de tratamentos. De terça e quinta-feira, ele faz fisioterapia em São José do Rio Preto; ecoterapia toda quarta-feira com Adriana Dal Bem; terapia ocupacional de segunda-feira; e fisioterapia de segunda, quarta e sexta-feira. Ele também continua os trabalhos de fisioterapia intensiva com os métodos Therasuit e Cuevas de Medek. Tudo isso, acompanhado pela mãe, Andreza Tassi Peixoto.
“Fui à neurologista e ela disse que está tudo bem com o Pedrinho. Ele já firma o tronco e a cabeça se for encostado certinho sentado. Na parte cognitiva, ele entende tudo o que falamos e também chama mãe e pai”, comentou Andreza.
O menino mexe todo o corpo e consegue se arrastar no chão. Tudo isso, resultado de um tratamento com células tronco na China, que foi bancado com doações da comunidade votuporanguense, e o acompanhamento com os profissionais de saúde no Brasil.
De acordo com Andreza, os resultados são lentos, mas a esperança de ver o sucesso do menino é enorme. “Nos falaram na China que a evolução seria lenta e todo o acompanhamento no Brasil vai se estender por um longo tempo, mas o que mais nos surpreende é que ele já consegue firmar a cabeça, isso nos deixa felizes”, comentou.
Agora, a expectativa é para os primeiros passos de Pedrinho. “Ele vai andar e falar”, garante a mãe. No ano que vem, Pedrinho enfrentará um novo desafio, vai para a escola.
Pedrinho nasceu prematuro. Teve várias infecções e meningite, resultando como sequela uma paralisia cerebral, que acometeu seu sistema motor, sua alimentação e fala. Por isso, depois de uma intensa procura por tratamento no Brasil, os pais do menino descobriram que precisariam ir para a China em busca da cura. Agora, o acompanhamento segue no Brasil.