A saída de Áurea Rodrigues da Silva foi chamar sua mãe, que mora no Pará, para passar as férias de janeiro em sua casa
Francisco deixará Ingrid em escola particular
Karolline Bianconi
A reportagem procurou ouvir mães e pais de crianças matriculadas nos Cemei’s, unidades que atendem desde o berçário, maternal, até o pré III. O que eles dizem é que com as férias coletivas dos funcionários, mesmo que seja por poucos dias, atrapalha a rotina da família, além de mexer também no orçamento, já que muitos pagam pelos cuidados.
Jucilene da Silva deixa sua filha Helena, de 5 anos, desde os primeiros meses de vida na creche, pois sempre precisou trabalhar. Nas férias de janeiro, ela levará a menina para ficar em seu serviço.
“É muito complicado, não sei o que minha irmã vai fazer”, disse Júlia Aparecida da Silva. Ela foi buscar o sobrinho Otávio, de 6 anos, em um Cemei, pois sua irmã estava trabalhando. “Nós em casa tentamos ajudar de alguma forma, mas as creches fechadas neste período atrapalha e muito quem precisa trabalhar”, disse.
A saída de Áurea Rodrigues da Silva foi chamar sua mãe, que mora no Pará, para passar as férias de janeiro em sua casa, para poder ficar com seus dois filhos, Mário Luiz, de 5 anos, e Jonas, de 3 anos. “Não posso deixar meu serviço, pois sou auxiliar de pedreiro. A alternativa foi chamar minha mãe para me ajudar”, desabafou.
Já Francisco Renato de Miranda e sua esposa têm a sorte de que no trabalho dela, a empresa pagará uma escola particular na cidade para que a filha Ingrid, de 3 anos, fique neste período de férias. “Isto deu certo no nosso caso, mas e em outras famílias? Não deveria ficar fechada a creche, não”, falou.