Governo federal anunciou programa recentemente, que trará um ajuste financeiro para teto de média complexidade dos hospitais
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A Santa Casa de Votuporanga recebeu uma boa notícia do governo federal. O Ministério da Saúde anunciou, no último dia 31, pacote de medidas para ajudar as Santas Casas de Misericórdia e os hospitais filantrópicos. O programa “Mais Santas Casas” interessa a instituição local por uma possibilidade de refinanciamento via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do aumento do IAC (Incentivo de Apoio à Contratualização) de 30% a 50% do teto de média complexidade dos hospitais.
Mário César Homsi Bernardes, administrador hospitalar da Santa Casa, falou sobre as medidas anunciadas pelo governo federal. Está previsto um reajuste do IAC. Trata-se de um valor repassado aos hospitais contratualizados para atendimento aos pacientes do SUS, calculado sobre o valor de teto financeiro que recebem para realizarem os atendimentos de média complexidade. “Atualmente, nosso valor de incentivo representa 30% do teto de média complexidade. O Ministério da Saúde anunciou que vai corrigir o valor do IAC para 50% do teto de média complexidade dos hospitais, o que, para a Santa Casa de Votuporanga representa um ajuste financeiro de aproximadamente R$ 160 mil mensais”, disse, em entrevista ao jornal A Cidade.
Ele enfatizou que as medidas anunciadas ajudarão sim às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. “A Santa Casa de Votuporanga não possui dívidas tributárias e previdenciárias. Quanto às dívidas para com as instituições financeiras, ainda estamos no aguardo de uma resposta ao pleito das Santas Casas junto ao governo federal e ao BNDES, para um programa que permita uma renegociação da dívida bancária, com prazos mais alongados e juros mais baixos, o que permitiria às entidades reduzirem o valor mensal das parcelas do endividamento bancário, minimizando a pressão dos seus fluxos de caixa”, ressaltou.
“Estamos ansiosos para que as medidas anunciadas sejam efetivamente concretizadas, mas sem dúvida representa um avanço nas tratativas com o governo federal. As Santas Casas e hospitais filantrópicos começam a ser reconhecidos e valorizados pela importância e pelo quanto são indispensáveis para o sistema de saúde do Brasil”, complementou.