Fabiana Parma acredita que internação compulsória não resolve problema
Karolline Bianconi
A secretária de Saúde, Fabiana Parma, esteve na abertura da Conferência e mostrou-se estar emocionada com o relato de Emerson, por não saber que este tem um irmão envolvido com drogas.
Para ela, não é através de uma internação compulsória que o indivíduo se livrará do vício. “Se isto fosse fácil não estaríamos aqui para debater isto. Uma internação à força não é o que as pessoas querem, mesmo que este seja o último caso na família. Temos nossos órgãos, como Creas, Caps AD, e buscar algo viável para se combater isso”, falou.
Ela disse que o grande foco da Conferência era mobilizar os participantes, que integram o setor da Saúde, Assistência Social e outros serviços, a apresentarem propostas que visem o combate às drogas.
“Devemos pensar que uma pessoa dependente, seja de álcool ou droga, não é tratada individualmente, mas sim, no coletivo, pois a família toda também sofre com isso”.
Fabiana comentou também que em cinco anos frente à pasta, pode verificar como está estruturada estas áreas sociais que visam combater as drogas. Ela citou, por exemplo o Comad, Creas, Caps AD, e outras entidades assistenciais, como o Amor Exigente.
Salva Vidas na rede municipal
O presidente da Câmara, Eliezer Casali, disse que pedirá o apoio dos secretários Fabiana Parma e Emerson Pereira, além do Conselho Tutelar, para que a rede municipal de educação tenha o projeto Salva Vidas. Atualmente somente os jovens do Centro Social participam da iniciativa, que foi criada pela Comunidade Nova vida, no qual visa a conscientização e prevenção na adolescência.
“Iremos nos juntar e falar com a secretária de Educação, Sílvia Rodolfo, expondo o quanto é necessário que nossas crianças e jovens sejam preparados para dizer não às drogas”, frisou.
A proposta é trabalhar a prevenção de drogas e álcool em crianças e jovens de 6 a 15 anos.Durante o projeto são expostos vários temas, entre eles o que é a dependência química e suas consequências. Os monitores fazem ainda uma pesquisa para descobrir se existe algum caso na família dos alunos.
Casali disse que hoje nenhuma família está imune. “Nós temos que fazer a nossa parte e cobrar dos governos Federal e Estadual um projeto eficaz no tratamento e prevenção da doença, que é considerada um ‘câncer’ na sociedade”.