Elcio Sanchez Estevez Junior
Andressa Aoki
Votuporanga deu um importante passo para combater a leishmaniose. O município firmou parceria com o Instituto Adolfo Lutz, Ministério da Saúde e Unifev e com esta junção de forças, 100% dos cães da cidade serão encoleirados com material de deltametrina, considerada a forma mais eficaz e proteger os cães contra os flebótomos (mosquito transmissor da leishmaniose), moscas e auxilia também no controle dos carrapatos e pulgas.
Segundo o veterinário do Secez (Setor de Endemias e Zoonoses), Elcio Sanchez Estevez Junior, o início do encoleiramento será no próximo dia 27. Mas antes desta etapa, será realizado um Censo Animal (Cadastramento de todos os animais realizado a cada dois anos), a partir do dia 17. “Temos um realizado em 2010 e vamos iniciar novo levantamento na semana que vem. Nesta pesquisa, saberemos se na casa tem outros animais, como está o ambiente da residência, se a mesma precisa de manejo ambiental. Também teremos ideia de quantas pessoas que querem a castração. O cadastramento serve para material de pesquisa e arquivo”, explicou.
Elcio contou que com o Censo, os proprietários de caninos irão receber uma carteirinha para cada animal, que deve ser guardada. O documento será utilizado na hora da retirada das coleiras.
Valor da pesquisa
Segundo o veterinário, faz três anos que a Prefeitura de Votuporanga pleiteia a proposta, mas o projeto havia sido rejeitado pelo alto valor. “Realizamos um fórum e um palestrante era do Ministério da Saúde, dr. Francisco Edilson, o que possibilitou a conquista. O custo total é de R$2,3 milhões, só de coleiras em torno de R$550 mil”, disse.
Coleiras
Elcio Sanches explicou que a coleira é indicada somente para cães e que dura seis meses. Serão quatro trocas do objeto em dois anos. O veterinário disse ainda que será realizado exame em animais também para diagnosticar a doença.