Prédios para estudantes, galerias comerciais e casas estão fechados na cidade, provavelmente por causa do preço do aluguel cobrado
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Quem anda pelas ruas da cidade nota que muitas casas, pontos comerciais e galerias estão disponíveis para locação. As placas indicam: vende-se ou aluga-se. A impressão que se tem é que o mercado vive um boom no setor imobiliário, com muitas construções sendo oferecidas, mas pouco preenchidas.
O assunto já foi debatido na Câmara no ano passado pelo vereador Jurandir Benedito da Silva, o Jura. Para o jornal A Cidade, na manhã de ontem, ele disse acreditar que as lacunas do mercado imobiliário só serão encerradas se existir uma conscientização humana por parte dos proprietários: baixarem o preço do aluguel.
Para ele, quando o Poder Público entrega casas populares (através da CDHU ou pelo Governo Federal), as pessoas deixam de pagar aluguel e residências começam a sobrar. “Quando tem muita oferta, cai o preço, mas isto não está acontecendo na cidade. Os donos destes imóveis continuam mantendo o valor alto e o que vemos por aí é um monte de casa fechada. Além disso, muitos levam vantagem em cima daqueles que não têm casa própria e precisam abrigar sua família”, falou. Para o vereador, a esperança das pessoas escaparem da armadilha do aluguel caro na cidade é a vinda do Residencial Boa Vista, onde 330 casas serão entregues neste ano. Somam-se a isso, as 1.200 unidades que o prefeito Junior Marão pretende construir nos próximos anos.
Outro apontamento levantado pelo vereador Jura é a quantidade de galerias comerciais na cidade. Estes espaços foram construídos para abrigar várias lojas, mas muitas unidades ainda estão fechadas. “O preço na região central é muito alto. Muitos construíram achando que iam conseguir alugar de maneira rápida, mas hoje lidam com a realidade de que, em Votuporanga, nem mesmo os comerciantes querem investir nisso”, falou.
E com a vinda do North Shopping Votuporanga a estimativa é que o comércio perca parte dos funcionários para trabalhar nas demais lojas que farão parte do empreendimento. “Se perdemos de um lado, abriremos de outro, pois o comércio local não pode parar e sempre está empregando nossa população”, falou.