Eles inscreveram a chapa Família para concorrer à nova diretoria, no dia 28; foco é atendimento mais humanizado
Marciana tem um filho especial e quer usar experiência na entidade
Karolline nBianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
A Afupace (Associação Fraterna da União de Pais e Amigos das Crianças Especiais) Recanto Tia Marlene elegerá a nova diretoria da entidade no próximo dia 28, das 19h às 21h. Podem votar sócios efetivos e fundadores, além de contribuintes e pais de alunos. As urnas de votação estarão na rua Dirceu Esteves Garcia, n.º 2497. Neste ano, concorrem duas chapas e uma delas é formada por pais de alunos que querem administrar a entidade.
Maria de Lourdes Moraes tem um filho de 26 anos que possui atrofia de corpo caloso. Por ser mãe de aluno e conhecer a realidade da entidade, ela decidiu reunir os pais e fundar a chapa Família, que é a de número 2, com 12 membros. “Acreditamos que nós, pais que vivenciamos dia a dia as alegrias e dificuldades de ter um filho com deficiência, sabemos a real necessidade que eles precisam para ter uma vida digna e tranquila”, destaca Maria.
Marciana Francisca Costa Pereira também é mãe de aluno matriculado na entidade e está com Maria. Seu filho tem 16 anos, sofreu falta de oxigênio no cérebro devido a um acidente doméstico.
Caso a chapa vença, Maria de Lourdes terá como vice Pedro Gonçalves e Marciana como conselheira.
“Temos visão de pais, voltada para atender o ser humano. Enquanto pensam somente na administração, verba e estrutura, queremos ser uma diretoria o quanto mais humanizada possível”, frisou.
Objetivo
O objetivo da chapa é trabalhar com empenho na busca de recursos físicos e financeiros para aprimorar e remodelar o atendimento prestado pela Afupace Recanto Tia Marlene.
Entre as propostas da chapa estão manter o projeto Criando Asas; realizar um trabalho junto à família, no sentido de aceitação e conscientização das necessidades de seus filhos; procurar meios de atender o que for prioridade e necessidade do atendido; ajuda para elaboração de processos judiciais (benefícios que a criança tem direito, como materiais e medicamentos); capacitar os profissionais que lidam diretamente com os atendidos; e mudança no tratamento para com os funcionários diretos.
A chapa lutará ainda para que a entidade tenha estrutura para atender os alunos como Centro de Atendimento Fisioterápico, com hidroterapia e salas de atendimento psicológico, fonoaudiólogo e terapia ocupacional. A proposta ainda é trazer novos sócios contribuintes e adquirir o terreno localizado ao lado da instituição.