Manifestantes estiveram na sessão com faixas contrárias ao projeto, mas não conseguiram inibir votação
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
A sessão da Câmara foi tranquila na noite de ontem, até quando os vereadores aprovaram o projeto de lei de autoria da Prefeitura que oferece infraestrutura gratuita para o North Shopping Votuporanga. O debate começou por volta das 20h30, e se estendeu até quase 22h.
Com cartazes contendo frases contrárias ao projeto, manifestantes gritaram e vaiaram os vereadores, mas não impediram a votação do projeto. Antes mesmo da aprovação, os manifestantes deixaram o plenário “Dr. Octávio Viscardi”.
A favor
O vereador Edílson do Santa Cruz comparou a obra em Votuporanga a demais empreendimentos como a Arena Corinthians, explicando que as grande prefeituras também investem em obras particulares, visando a geração de empregos.
O vereador André Figueiredo disse que poucas são as empresas que contratam muitos funcionários, como é o caso da Truck Galego, Facchini e Frango Rico. Com a vinda do shopping, mais vagas serão geradas. Ele aproveitou para passar um vídeo de outra prefeitura que incentivava a instalação de outras empresas, mas os manifestantes vaiaram.
Pedro Beneduzzi, ao ser vaiado enquanto colocava sua opinião, disparou: “muitos que estão aqui me vaiando serão os primeiros a visitar o shopping”. Douglas Lisboa também frisou a geração de empregos na cidade.
O presidente da Câmara, Eliezer Casali, comentou que após cinco meses de funcionamento na cidade, o shopping já pagará com seus impostos locais o investimento que a Prefeitura fará no local.
O vereador Silvão de Carvalho disse que a sociedade deveria pensar que a cidade está crescendo e que precisa pensar na modernidade. “Imagina se tivéssemos parado no tempo? Se o prefeito não gerasse emprego, com certeza a manifestação seria outra”.
Osvaldo Carvalho falou que o shopping fará a diferença na cidade.
Contra
Quem votou contra o projeto foram os vereadores Osmair Ferrari e Jurandir Benedito da Silva. Ferrari falou que não estava de acordo porque acredita que as empresas que investem na cidade poderiam ser contempladas com desconto em impostos e demais ações.
Já Jura opinou que o projeto autorizava a Prefeitura a investir numa área particular e que a população paga pelo investimento para recapear as ruas do próprio bairro. "É um desaforo".