Em setembro a alta foi de 0,71% em relação a setembro de 2014 e em comparação com agosto deste ano a retração foi de 3,52%.
O Faturamento Real dos supermercados no Estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS/FIPE) no conceito de Mesmas Lojas – que consideram as lojas em operação no tempo mínimo de 12 meses – registrou queda de 1,61%, de janeiro a setembro de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com a APAS – Associação Paulista de Supermercados. Em setembro a alta foi de 0,71% em relação a setembro de 2014 e em comparação com agosto deste ano a retração foi de 3,52%.
Conforme explicou o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, o economista Rodrigo Mariano, “o desempenho dos supermercados neste ano deve ser o pior desde 2006 e o agravante é que as margens estão cada vez mais reduzidas, diante da elevação dos custos e despesas, como energia elétrica e impostos”, diz.
No conceito de Todas as Lojas – que consideram todas as lojas criadas no período pesquisado – houve queda no acumulado de janeiro a setembro de 0,61%. Em setembro, queda de 0,24% em relação a setembro de 2014 e de - 4,78% em relação a agosto deste ano.
Já o faturamento real dos supermercados no estado de São Paulo (deflacionado pelo IPCA/IBGE), no acumulado de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, apontou queda de 2,16% no conceito de Mesmas Lojas. Em setembro, caiu 0,16% em relação a setembro de 2014 e 3,84% comparado com agosto.
No conceito de Todas Lojas, a retração foi de 1,17% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado. Em setembro a queda foi de 1,10% em relação a 2014 e houve alta de 5,10% comparado com agosto.
Quanto ao faturamento nominal dos supermercados no estado de São Paulo, a alta de 6,22% no conceito de Mesmas Lojas, no acumulado de janeiro a setembro de 2015 em relação a 2014. Em setembro, a alta foi de 9,32% comparado a setembro de 2014 e queda de 3,32% em relação a agosto.
No conceito de Todas Lojas houve alta de 7,29% de janeiro a setembro em relação a 2014. Em setembro a alta foi de 8,29% em relação a setembro de 2014 e queda de 4,59% em relação a julho.
Segundo o economista, até meados de 2014 o setor crescia acima de dois dígitos no faturamento nominal. Porém, mesmo diante de um cenário de queda no PIB o setor deve registrar queda de, aproximadamente, 1% em 2015. “As previsões vêm sendo revistas semanalmente e acreditamos que o resultado será na margem mais positivo quando comparado com outros setores”, comenta.
Rodrigo enfatizou que, ao longo de 2015, o setor realizou intensivas negociações junto à indústria, bem como reduziu suas margens para que as vendas não caíssem de maneira expressiva, já que diante deste cenário econômico as perspectivas são de que ainda haja um período de piora antes que a econômica volte ao eixo.
Para ele, enquanto isso não se resolve as margens do setor são prejudicadas de duas maneiras: redução das vendas e alta dos custos e despesas, devido ao aumento do custo de energia elétrica e impostos, por exemplo. “Este somatório exige um olhar mais apurado para o comportamento do consumidor e para os custos e despesas da empresa”, finaliza.
Sobre a APAS
A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.328 associados, que somam mais de 2.830 lojas.