André Gustavo Bento Souza, de 17 anos, morreu no dia 26 de outubro, após um disparo atingir o seu abdômen; DIG concluiu nesta quinta-feira as investigações
Nesta quinta-feira (23), a DIG concluiu as investigações e confirmou que, na verdade, o tiro que matou o conhecido “fofão” foi acidental e disparado por ele mesmo (Foto: Aline Ruiz/A Cidade)
Aline Ruiz
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga concluiu no fim da tarde desta quinta-feira (23) as investigações sobre a morte do adolescente André Gustavo Bento Souza, de 17 anos. Segundo informações da própria vítima, dois indivíduos em uma motocicleta teriam se aproximado e um deles teria apontado uma arma e efetuado o disparo. Inicialmente o crime foi registrado como tentativa de homicídio, porém acabou evoluindo para crime consumado, já que o adolescente faleceu na Santa Casa local no mesmo dia. No fim da tarde de ontem, porém, a DIG concluiu as investigações e confirmou que, na verdade, o tiro que matou o conhecido “Fofão” foi acidental e disparado por ele mesmo.
Segundo informações da DIG, assim que o fato foi registrado os investigadores se deslocaram para a Santa Casa a fim de entrevistar a vítima, que apesar de ferida ainda estava consciente. Para eles, “Fofão” afirmou que estaria em um quiosque da Reserva Ecológica “Chico Mendes”, localizada na rua Paulo Moreti, no bairro Cohab Brisas Suaves, quando dois desconhecidos em uma moto teriam se aproximado dele, sendo que o passageiro teria apontado a arma em sua direção e disparado. Posteriormente, “Fofão” disse que foi até a sua casa e acionou a viatura do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Os policiais que atenderam a ocorrência, porém, notaram a presença de pólvora na mão do adolescente, bem como a posição dos ferimentos da vítima, que levantou a hipótese que o próprio rapaz teria efetuado o disparo acidentalmente ao manusear a arma de fogo. Diante destes fatos, os investigadores da DIG foram até o local onde o crime foi registrado e conversaram com algumas pessoas, porém, ninguém viu ou ouviu algo na manhã que o crime aconteceu.
As investigações prosseguiram, sob o comando do delegado titular da DIG, márcio Nosse, que ouviu algumas testemunhas, inclusive usuários de entorpecentes que utilizam como ponto de uso de drogas um imóvel localizado na rua Rio Araguaia, no bairro Pró-povo. Segundo eles, “Fofão” foi até o local na manhã do crime, ele estava com uma arma de fogo e, segundo os usuários, acabou efetuado um disparo acidental quando foi colocar o objeto em sua cintura. As investigações apontam ainda que o projétil não se alojou no corpo do adolescente e deixou vestígios no chão do imóvel. Em seguida, os usuários afirmaram durante depoimento que “Fofão” saiu correndo, levando consigo a sua arma.
Portanto, a hipótese principal apontada pela DIG que explicaria o caso é que o disparo que tirou a vida do adolescente de 17 ano foi acidental e de autoria própria. O delegado afirma que a declaração efetuada aos policiais que estiveram com a vítima no hospital certamente foi para não entregar a arma de fogo, objeto que foi escondido pelo jovem no trajeto entre o local do disparo e a sua residência. O delegado aponta ainda que “Fofão” já tinha passagem pela polícia pelo crime de tráfico de drogas.