O A Cidade conversou com o delegado responsável pelo caso, Márcio Nosse, que informou que já está ouvindo as testemunhas que teriam passado os últimos momentos ao lado do jovem
De acordo com o delegado, o corpo de Francis Nogueira foi encontrado já sem vida por familiares, em estado de putrefação, não sendo possível apontar as causas da morte (Foto: A Cidade)
Gabriele Reginaldo
gabriele@acidadevotuporanga.com.br
A Delegacia de
Investigações Gerais, a DIG de Votuporanga, está investigando o caso da morte
de Francis Lucas Nogueira, de 33 anos, que foi encontrado morto na noite desta
terça-feira (13), por volta das 18h40, em um canavial entre Parisi e Álvares
Florence. O A Cidade conversou com o delegado responsável pelo caso, Márcio
Nosse, que informou que já está ouvindo as testemunhas que teriam passado os
últimos momentos ao lado do jovem.
De acordo com o
delegado, o corpo de Francis Nogueira foi encontrado já sem vida por
familiares, em estado de putrefação, não sendo possível apontar as causas da
morte. O Corpo de Bombeiros também fez buscas. No momento, o corpo está sendo
retirado do Instituto Médio Legal, o IML, que apontará a causa da morte.
“Nós já ouvimos formalmente
as pessoas que estavam no contexto do momento em que ele desapareceu, em uma
propriedade rural. Dessas oitivas, aparentemente, não se retirou nenhuma
informação de fato criminal que esteja relacionado ao desaparecimento do
Francis. Nos deslocamos ao local e, de fato, ele estava no canavial, a cerca de
2 mil metros da casa onde teria sido visto pela última vez em Álvares Florence,
porque descobrimos que a propriedade
fica na sua maior parte no município de Álvares Florence”, explicou o delegado
Márcio Nosse.
Ele ainda informou que
“no exame efetuado e feito pelo Instituto de Polícia Científica, não foram
encontrados, pelo menos em conversa informal, sinais de violência no corpo. Foi
requisitado o IML e o médico legista confirmou, informalmente, que no exame
clínico externamente o corpo não exibe ferimentos provocados”.
O delegado afirmou que
ainda será ouvida uma testemunha que teria visto Francis no dia do
desaparecimento. “Do contexto informado pelas pessoas e por algumas outras
informações, porque temos uma possível testemunha que teria visto ele naquela
região, por volta das 18h, perambulando por aquele região, nós trabalhamos com
uma linha inicial, porque isso pode ser mudado ao longo das investigações, de
que a morte não tenha exatamente ocorrido
em razão de um crime, mas isso ainda demanda uma investigação”, disse ao A Cidade.
Autuação
O delegado Márcio Nosse
ainda informou que “os investigadores foram à propriedade rural e o
proprietário rural tinha duas armas de fogo e a posse de arma de fogo sem
documentação que permite a posse é crime, segundo a lei de armas. Ele foi
autuado, o crime é afiançável, ele exibiu a fiança arbitrada e vai responder em
liberdade, mas existe relação porque existe uma história de disparo de arma de
fogo no contexto do desaparecimento do Lucas, tanto é que inicialmente
achávamos que poderíamos encontrar ele com ferimentos de disparo de arma de
fogo. Pelo que observamos, apesar do estado adiantado de putrefação do corpo, a
principio isso não é a causa da morte dele”, afirmou.