De acordo com a mãe de um dos meninos, seu filho, de 9 anos, “acorda de noite, com medo, e fica quieto no canto”
A Delegacia da Mulher de Votuporanga investiga o caso das mortes no Parque das Nações (Foto: Érika Chausson/A Cidade)
Daniel Castro
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Duas crianças de 9 anos de idade foram as primeiras a verem os corpos de Luiz Lau, de 59 anos, e Silvéria Cássia Botelho, de 37 anos, que estavam em uma casa localizada na rua Itália, no bairro Parque das Nações, em Votuporanga.
A mãe de uma das crianças, um menino de 9 anos, entrou em contato com o jornal A Cidade para dizer que seu filho ficou bastante abalado com a situação. De acordo com ela, que é tia do outro menino, também de 9 anos, os familiares da vítima pediram para eles pularem o muro para saber sobre Silvéria. “Não foram as crianças que perguntaram se queriam que pulassem. Eles pediram, agora estão falando isso. Tive que levar meu filho no psicólogo, que nem dormir ele tá conseguindo”, relatou.
O menino foi ao psicólogo anteontem e frequentará sessões toda semana. A mãe contou que está muito preocupada com seu filho. “Pesadelo não, mas acorda de noite, com medo, e fica quieto no canto”, revelou.
A moradora explicou que logo após pularem o muro e verem os corpos, os dois garotos saíram correndo, saltaram novamente e foram para casa. “Choravam e tremiam muito”, acrescentou.
O caso
Na noite do último sábado um homem e uma mulher foram encontrados mortos em uma residência localizada na rua Itália, no bairro Parque das Nações, em Votuporanga. A suspeita é que Luiz Lau, de 59 anos, teria disparado um tiro na nuca de Silvéria Cássia Botelho, de 37 anos. Logo depois, ele teria atirado contra si mesmo. A arma que foi utilizada no crime foi um revólver calibre 32.
Sueli Aparecida Botelho dos Santos, irmã da vítima, disse que Silvéria trabalhava à noite e sempre ia tomar café da manhã e almoçar na residência de sua mãe. “Como ela não apareceu, minha mãe achou que ela teria saído com as amigas, mas como as amigas também estavam procurando por ela e ela não respondia ligações e mensagens, resolvemos ir até a sua casa”, afirmou.