Corpo de Jully Anne Esteban Martins, que também estava com uma camiseta na boca, foi encontrado em São José do Rio Preto (SP)
Jully Anne foi encontrada morta enrolada em um tapete em Rio Preto (Foto: Reprodução/Facebook)
A Justiça realiza na tarde desta terça-feira (10) o júri popular do homem acusado de matar com requinte de crueldade a jovem Jully Anne Esteban Martins, de 19 anos, em São José do Rio Preto (SP).
O crime foi registrado em novembro de 2018. A vítima foi encontrada enrolada em um tapete dentro de uma casa. Ela estava com pés e mãos amarrados e uma camiseta na boca.
Paulo Adriano Ito se apresentou à delegacia no dia 3 de dezembro de 2018. Ele confessou ter assassinado a jovem por ciúme. Um mandado de prisão temporária já tinha sido expedido pela Justiça.
De acordo com a Polícia Civil, Jully Anne trabalhava como garota de programa, enquanto Paulo era um cliente e estava apaixonado pela jovem.
A vítima estava sem documentos e foi reconhecida por uma amiga, que compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) de Rio Preto. Paulo ficou foragido por mais de quatro dias até se apresentar na delegacia.
Depois de ser preso, o acusado foi encaminhado para um presídio da região noroeste paulista. O Ministério Público denunciou Paulo por homicídio quadruplamente qualificado.
Ciúme
Na época em que o crime foi registrado, uma amiga da vítima afirmou que Jully Anne se mudaria para São Paulo em alguns dias, o que pode ter provocado ciúme em Paulo.
“Ela ia embora para a casa de familiares e contou para o cliente. Ele não aceitava e dizia que ela não ficaria com mais ninguém além dele”, disse a estudante Brenda Gabriela de Oliveira.
Em entrevista, Brenda também contou que as duas estavam juntas poucas horas antes de a jovem ser vista pela última vez. Depois disso, a vítima foi até a casa do suspeito para um encontro e pegar um celular que havia sido comprado por Paulo.
Contudo, antes de sair da residência, Jully Anne deixou um recado para avó pedindo que ligasse às 21h no celular dela, para usar como pretexto e conseguir ir embora.
“Apesar das escolhas dela, ela era uma garota doce e meiga, que só queria atenção”, afirmou a estudante na época em que o homicídio foi registrado.
*G1.com