(Foto: Divulgação PF)
A Polícia Federal de São José do Rio Preto cumpre na manhã desta segunda-feira, 23, 14 mandados de busca e apreensão e prisão nos municípios de São José do Rio Preto e Mirassol, contra pessoas suspeitas de participarem do tráfico internacional. Na casa de um dos suspeitos, no condomínio Gaivota I, em Rio Preto, foi apreendida uma gaveta cheia de dinheiro e mais uma metralhadora, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Denominada de Operação Enterprise, a equipe da PF deve cumprir mais 201 mandados distribuídos em cidades dos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. Foram sequestrados R$ 400 milhões em imóveis, veículos de luxo, aeronaves, e ainda há expectativa de que novos bens sejam identificados após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. A ação é conjunta em parceria com a Receita Federal dando sequência ao cumprimento de diretrizes de descapitalização patrimonial, prisão de lideranças e cooperação internacional sendo a maior operação do ano no combate à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e na apreensão de cocaína nos portos brasileiros, já que a organização é especializada no envio de cocaína para a Europa.
O esquema utilizado pelos criminosos consiste na lavagem de bens e ativos multimilionários no Brasil e no exterior com uso de várias interpostas pessoas "laranjas" e empresas fictícias, para dar aparência lícita ao lucro do tráfico.
Cerca de 670 Policiais Federais e mais 30 servidores da Receita Federal cumprem 149 mandados de busca e 66 mandados de prisão. Em continuidade às ações de cooperação internacional, foram expedidas, ainda, difusões vermelhas na Interpol para a prisão de oito investigados que estão no exterior, bem como a identificação e sequestro de bens em outros países.
O nome da operação faz alusão à dimensão da organização criminosa investigada, que atua como um grande empreendimento internacional na lavagem de dinheiro e exportação de cocaína, o que trouxe alto grau de complexidade à investigação policial.
(Com informações do Diário da Região)