Da Redação
A secretária municipal de Saúde, Fabiana Arenas Parma, esteve ontem na Rádio
Cidade, no programa Ronda da Cidade (das 10 às 11 horas). Na ocasião, ela
respondeu as críticas dos ouvintes e orientou sobre o atendimento do Consultório
Municipal.
Uma ouvinte reclamou de não conseguir atendimento na unidade básica de saúde da Vila América no início de junho. A cidadã, que preferiu não se identificar, disse que falta médicos porque há dois clínicos gerais e um está de férias e as consultas estão sendo marcadas somente para agosto. De acordo com ela, os funcionários pediram para procurar o Mini-Hospital e que o médico orientou a pedir para procurar um especialista.
Fabiana respondeu que o SUS (Sistema Único de Saúde) possui uma estruturação
jovem e que a população ainda tem muitas dificuldades de entender como se organiza. "Os próprios gestores possuem desafios de atingir os melhores caminhos. É a coisa da tentativa, você se baseia no que os outros municípios e experiências que dão certo para encontrar uma melhor maneira de se organizar", disse.
Ela explicou que todos os postos de saúde serão transformados em consultórios
municipais. "Nada mais é do que uma unidade básica de saúde mais resolutiva. É
consultório porque ali trabalha com consultas agendadas. O foco principal é a
promoção de saúde e a prevenção de doenças. Muito do trabalho daqueles
profissionais que estão ali está focado em não deixar que a comunidade adoeça, além de realizar o tratamento. Nessas unidades básicas, 80% dos problemas de saúde desta comunidade são resolvidos".
A secretária disse que quando envolve uma questão aguda, o paciente deve procurar o Mini-Hospital do Pozzobon que é um pronto-atendimento. "Quando assumimos, era agendamento de guia, a pessoa dormia na fila do posto e quem ia primeiro, era atendido. Hoje focamos no acolhimento de risco. Colocamos vagas de encaixe para qualquer caso de atendimento imediato", completou.
Fabiana disse que a saúde está em um trabalho de transição. "Tem algumas unidades que estamos na fase de capacitar os funcionários para que ele consiga fazer atendimentos oportunos, porque, às vezes, o caso da paciente poderia ser resolvido com uma consulta de enfermagem. Todas as unidades hoje têm enfermeira responsável. O profissional faz a classificação de risco e com ela tem condições de orientar a pessoa do por que pode ou não esperar", afirmou.
Com relação à quantidade de médicos, ela argumentou que o método de guias
precisava de muito médico para resolver o problema. "Era tanto médico que não tem como manter o modelo. Novo modelo possibilita trabalhar de forma organizada e que não seja tão centrado no atendimento médico, que possa trazer outras condições de saúde, como prevenção", ressaltou. Ela enfatizou que o consultório trabalha com acolhimento para demanda espontânea. "Tem dois dias que se estende até às 20 horas para o trabalhador. Durante todo o período se a pessoa tem um problema que não tem necessidade do pronto-socorro e procurar a unidade, ela passa por uma consulta de enfermagem onde se define a classificação ambulatorial", contou.
A moradora Joana, do bairro Jardim dos Pinheiros, também reclamou do postinho da Vila América. Ela teve que pagar consulta e logo que passou pelo atendimento, o médico internou. "A paciente deveria ter passado pelo acolhimento e a enfermeira encaminhar para o pronto-socorro, viabilizado até pela própria unidade que o transfere", explicou a secretária.
A ouvinte Odete, do bairro Orlando Mastrocola, perguntou quando será feito um
posto de saúde naquele local. "Estamos em negociação. Toda vez que mudamos a
estrutura física ou vamos tirar a unidade do bairro para levar para outro lugar,
fazemos reunião com os moradores. Fizemos no São João que está quase pronta, no Consultório Municipal. Assim também será com o bairro Orlando Mastrocola",
finalizou Parma.