Cinco pontos da cidade foram escolhidos para a receber o laço vermelho, simbolo da luta contra a doença
Da Redação
Votuporanga comemora o Dia Mundial contra a Aids hoje com um evento. A mobilização será na frente da Câmara Municipal. Em cinco locais da cidade foram escolhidos para a colocação do laço vermelho, entre eles, a Câmara, onde haverá uma abertura às 8h30 de hoje.
A colocação do laço vermelho em local estratégico da cidade reforçará ainda mais a união de todos os municípios pela prevenção do HIV e pelo fim do estigma e da discriminação relacionados à Aids. O slogan da campanha deste ano será “A AIDS não tem preconceito. Você também não deve ter”.
A equipe do SAE (Serviço de Atendimento Especializado) da Secretaria de Saúde de Votuporanga encerrou ontem a “Campanha Fique Sabendo”. A ação que é parte de um plano de diagnóstico precoce idealizada pelos Programas Estadual e Nacional de DST/Aids, tem o objetivo de incentivar a população a realizar o teste anti-HIV e oferecer diagnóstico e tratamento precoce da infecção pelo HIV/Aids, o que refletirá em sua qualidade de vida e sobrevida.
De acordo com o Ministério da Saúde, a perspectiva é que até 2012 o Brasil obtenha um levantamento de quantos portadores da doença existem no país, tendo como um dos objetivos mapear a produção de vacinas em território brasileiro. Em 2009, Votuporanga realizou 249 testes.
A mortalidade por Aids no Estado de São Paulo atingiu o menor nível em 20 anos. É o que aponta o mais novo boletim epidemiológico sobre a epidemia produzido pela Secretaria de Estado da Saúde, com base nos dados da Fundação Seade.
Em 2009 houve 7,8 óbitos por 100 mil habitantes em todo o Estado. Este índice só havia sido menor em 1989, época que a doença estava em pleno avanço, com 5,5 mortes por 100 mil habitantes. A pior taxa, de 22,9, foi registrada em 1995.
No ano passado ocorreram 3.230 mortes por Aids no Estado, contra 3.356 em 2008.. O índice de mortalidade entre homens nesse período de um ano caiu de 11,1 óbitos por 100 mil O número de novos casos de HIV em 2009 foi de 4.727, contra 6.573 em 2008 e 6.378 em 2007. O dado de casos novos de 2009, entretanto, ainda é preliminar e poderá sofrer alterações. O levantamento da Secretaria apontou, ainda, aumento da transmissão de HIV/Aids entre homossexuais masculinos. Em 2009 foram 802 casos, contra 871 em 2008 e 776 no ano anterior.
Um estudo internacional com a participação de 11 centros de pesquisas, entre eles a Faculdade de Medicina da USP, revelou que o uso da pílula Truvada, uma combinação de dois antirretrovirais já existentes - o tenofovir e o entricitabina - pode reduzir em até 73% o risco de se contrair o vírus HIV. Os resultados da pesquisa foram divulgados na ultima edição do periódico The New England Journal of Medicine, e representam um grande avanço na prevenção da Aids em todo o mundo. Além de três centros de pesquisas brasileiros (USP, Fiocruz e UFRJ), o estudo foi conduzido por instituições do Equador (Guaiaquil), Peru (Lima e Iquitos), África do Sul (Cidade do Cabo), Estados Unidos (São Francisco e Boston) e Tailândia (Chiang Mai).
Participaram do estudo 2.499 voluntários, grupo composto por homens, travestis e transsexuais femininas, que tinham como parceiros sexuais pessoas do sexo masculino. Os participantes foram avaliados por um período de três anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos: o primeiro recebeu o antirretroviral e o segundo, placebo. Eles foram orientados a tomar uma dose diária do comprimido. Além disso, ambos os grupos foram aconselhados a adotar medidas preventivas e receberam preservativos, testes mensais para detecção do vírus e tratamento para DSTs..
No grupo que recebeu o antirretroviral, foi detectada redução geral de 44% no risco de infecção. Os pesquisadores levaram em conta, nesta avaliação, todos os voluntários deste grupo, independente de terem tomado diariamente a medicação, conforme a recomendação inicial. Para participantes com mais de 50% de adesão aos comprimidos a eficácia foi de 50%.
Para os que relataram mais de 90% de adesão à medicação a proteção chegou a 73%. O estudo concluiu que as intervenções de aconselhamento, redução de risco e distribuição de preservativos e gel tiveram impacto na redução do número de parceiros e aumento do uso de preservativos.
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