Para lembrar a Semana Mundial de Luta contra a Hanseníase, de 24 a 31 de janeiro, o SAE (Serviço de Atendimento Especializado), da Secretaria Municipal de Saúde, programou uma série de ações que serão desenvolvidas nesse período junto às Unidades de Saúde da cidade para mobilizar a população no combate e cura da doença. Em Votuporanga foram diagnosticados 15 casos em 2010, atualmente oito estão em tratamento.
De acordo com a enfermeira do SAE, Leiliane Scarpa, a intenção é identificar novos casos e orientar a população sobre os sinais e sintomas da doença. “As pessoas precisam ficar atentas quando observarem uma mancha suspeita, dormente em seu corpo e procurar o mais rapidamente um médico”, ressaltou Leiliane.
Entre os dias 24 e 28 as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Saúde da Família estarão orientando sobre a doença e realizarão exames dermatoneurológicos de suspeitos. Além das atividades desenvolvidas dentro das Unidades, os agentes comunitários de saúde trabalharão nas ruas fazendo a busca ativa e distribuindo panfletos.
Na Unidade Básica de Saúde “Joaquim Belarmino Vieira”, situada no distrito de Simonsen, o atendimento acontecerá nos dias 22 e 23 de janeiro pela equipe do SAE. E no dia 21, sexta-feira, uma funcionária do SAE estará na Vila Carvalho, orientando os pacientes daquele bairro e esclarecendo dúvidas.
O tratamento da Hanseníase é gratuito e pode demorar de seis a 12 meses para apresentar resultados. O serviço é oferecido na rede pública de saúde por meio do SAE. Ao tomar a primeira dose do medicamento, a pessoa deixa de transmitir a doença, portanto, quem tem Hanseníase não precisa se isolar do convívio social, mas deve ser disciplinado no tratamento, tomando toda a medicação.
Mais informações pelo telefone do SAE: 3405-1584.
A doençaA hanseníase é uma doença causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae, descoberta em 1873 pelo médico norueguês Amaneur Hansen. É contagiosa e se transmite de uma pessoa doente para outra, por meio de gotas eliminadas no ar pela tosse, fala ou espirro. Somente o doente que não está em tratamento transmite a doença.
A doença demora de dois a cinco anos para se manifestar, pode atingir qualquer idade e sexo, e se instala principalmente nos nervos e na pele, causando manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas com perda ou diminuição da sensibilidade. A hanseníase tem cura e se não tratada ou tratada tardiamente pode causar incapacidades/deformidades.
No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, pelos menos 47 mil novos casos são detectados a cada ano, sendo 8% deles em menores de 15 anos. As ações de controle da doença são baseadas no diagnóstico precoce de casos, seu tratamento e cura, visando eliminar fontes de infecção e evitar sequelas.

Leia na íntegra a versão online