Da Redação
O número de casos de conjuntivite na região triplicou em uma semana: passou de
4.665 notificações para 15.264 nos municípios de Rio Preto, Votuporanga, Riolândia, Catanduva e Mirassol. O número de pessoas contagiadas pela doença na região chega a 17.037. Em Votuporanga, mais de 6,3 mil pessoas tiveram a doença. De acordo com o Mini-hospital do bairro Pozzobon, o atendimento no local foi ampliado. Agora é feito por dois médicos, das 7 às 19 horas. A Secretaria de Saúde recebeu mil frascos de colírios de tobramicina – um medicamento antibiótico disponibilizado aos acometidos pela conjuntivite. O repasse do colírio ao usuário é feito mediante consulta médica.
Um dos principais motivos da epidemia é o fato de o vírus coxsackie A24 (responsável pela doença e que está em circulação em todo o Estado de São Paulo) estar mais resistente. Ainda não há comprovação sobre a alteração do vírus, mas esse fortalecimento acontece, tanto que já é observado com outras doenças virais que se espalham em aglomerações. O fortalecimento do vírus contribui para o aumento do contágio.
As alterações climáticas também colaboram para o contágio direto da partícula viral.
Essa disseminação rápida com vírus também é frequente com a gripe. Os principais
sintomas da doença (que pode ser viral ou bacteriana) são vermelhidão nos olhos,
coceira, dor e lacrimejamento. De acordo com o especialista, compressas de água
gelada e colírios lubrificantes e anti-inflamatórios são indicados para o tratamento. A cura leva em média de sete a 10 dias, dependendo da imunidade do paciente.
Sintomas
Os principais sintomas da conjuntivite são sensação de areia nos olhos, vermelhidão, inchaço e secreção. Quando a visão fica embaçada, é sinal de que a inflamação alcançou a córnea, o que não é tão comum, mas pode ser perigoso.
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a
parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Essa inflamação pode ter diversas origens, como a infecção por microorganismos como vírus, fungos e bactérias, alergias, traumas e irritações provocadas pela poluição ou por produtos como o cloro das piscinas. Quando provocada por microorganismos, a doença é transmitida de uma pessoa para outra.
Dependendo do agente causador, a conjuntivite apresenta sintomas específicos e pode durar de uma a duas semanas. Em geral, os pacientes sofrem com a sensação de ter areia no olho, o que provoca enorme desconforto.
O tratamento da conjuntivite é fácil. O paciente precisa lavar os olhos com água
fervida e gelada, lavar sempre as mãos, evitar coçar a região afetada, trocar as fronhas do travesseiro diariamente e tentar manter distância de locais com aglomerações, principalmente piscinas.
Também é preciso que as mãos sejam lavadas com frequência, utilizando água e sabão ou álcool gel (70%). As pessoas com conjuntivite devem ainda ter o cuidado de não coçar os olhos, lavar com frequência o rosto, evitar banho em piscinas e locais com aglomeração de pessoas. É igualmente importante que as pessoas que estiverem com doença, não saiam de casa para que o vírus não se espalhe.