Leidiane Sabino
Hoje, a rede de urgência e emergência da cidade de Votuporanga é composta do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), central reguladora que operacionalmente estabelece um diagnóstico telemédico da real necessidade e do grau de urgência de uma situação. Classifica e estabelece prioridade entre as demandas urgentes, defini e envia recursos mais adaptados às necessidades do solicitante. Acompanha a atuação da equipe no local e providencia acesso aos serviços receptores dentro do sistema de saúde oferecido pelo município.
Quando um solicitante liga 192 de forma gratuita, ele fornece à TARM (Telefonista Auxiliar de Regulação Médica) o nome do paciente, do solicitante, idade e, principalmente, o endereço que deve ser correto para a rápida chegada da equipe ao local.
O Samu está disponível a toda população que necessitar de assistência médica, que pode ser de uma orientação até remoção a uma das portas de emergência determinada pelo médico regulador, pois é este profissional médico que ouve, qualifica e designa o recurso mais adaptado as suas necessidades.
Os locais de atendimento de urgência e emergência do município de Votuporanga são: O mini-hospital do Pozzobon, a UPA e a Santa Casa, todos dispõe do método de Classificação de Risco, realizado por profissional qualificado, que irá determinar a gravidade do paciente que procura o serviço através de uma entrevista de enfermagem e aferição dos sinais vitais, classificando em cores, onde os mais graves têm prioridade sobre os menos graves.
O mini-hospital é classificado como local de atendimento primário. Está capacitado a recepcionar pacientes que necessitem do atendimento de um médico generalista que irá avaliá-lo e dar resolutividade na própria unidade ou solicitar transferência do caso, via regulação, se julgar necessidade de avaliação de serviço de maior complexidade.
A UPA é classificada como local de atendimento primário e secundário. Conta com médico generalista, que também irá avaliar o paciente e determinar sua resolutividade naquele local. Destina-se principalmente a pacientes de gravidade intermediária, por isso, deve-se restringir este atendimento aos casos que requeiram cuidados para doenças mais complexas.
A Santa Casa é classificada como hospital terciário. Destinado a receber doenças de alta gravidade, como por exemplo, traumas graves, infarto agudo do miocárdio e outras doenças que necessitem de exames de alta complexidade e internação.
“Solicitamos à população, que preferencialmente entre em contato com o Samu 192 caso tenham dúvidas quanto ao local de atendimento, eles podem te orientar e tirar suas dúvidas, e direcionar o solicitante quanto ao serviço que melhor pode atendê-lo evitando a espera e a superlotação desnecessária”, disse a médica Lívia Rodrigues Sgrignolli Fernandes, coordenadora do Samu.
Em resumo, “o Samu existe para que o usuário tenha acesso ao serviço de saúde quando necessite e otimizar este acesso evitando, por exemplo, que um paciente com uma patologia potencialmente de alto risco (por exemplo Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral, Traumatismo Craniano, entre outras) esteja em local de doenças de classificação menos grave como resfriado comum, lombalgia crônica, uma torção ocorrida há vários dias (condições que merecem atendimento, mas que não tragam risco iminente de morte) que podem muitas vezes, após primeiro atendimento, serem conduzidas a nível ambulatorial, com isso estaremos otimizando o atendimento nas portas de emergência, evitando superlotação e esperas prolongadas”, explicou a médica.