O núcleo é formado por uma equipe que atua em conjunto com os profissionais da saúde da família
Leidiane Sabino
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Votuporanga conta com o Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) desde o ano de 2011. O núcleo é formado por uma equipe que atua em conjunto com os profissionais da saúde da família na criação de espaços de discussões para gestão do cuidado, sendo um apoio às equipes de saúde da família com eixos na responsabilização, gestão compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se pretende, pela saúde da família.
O Nasf é entendido como uma potente estratégia para ampliar a abrangência e a diversidade das ações das equipes de saúde da família, bem como sua resolubilidade.
No município existe o Nasf I, composto por uma equipe com psicólogo, assistente social, psiquiatra, fonoaudióloga, farmacêutica, pediatra, ginecologista/obstetra e nutricionista. A equipe está cadastrada no Consultório Doutor Gumercindo Hernandes Moralles, no bairro São João, mas atende a todas as Unidades de Saúde da Família do município.
Segundo Vera Dorigão, diretora de Atenção Básica em Votuporanga, “a atenção primária à saúde é complexa e demanda uma intervenção ampla em diversos aspectos para que se possa ter efeito positivo sobre a qualidade de vida da população, necessita de um conjunto de saberes para ser eficiente, eficaz e resolutiva”.
Vera diz ainda que esta atenção primária é definida como o primeiro contato na rede assistencial dentro do sistema de saúde, caracterizando-se, principalmente, pela continuidade e integralidade da atenção, além da coordenação da assistência dentro do próprio sistema, da atenção centrada na família, da orientação e participação comunitária e da competência cultural dos profissionais. “Desta forma, são definidos os quatro atributos essenciais da atenção primária à saúde: o acesso de primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde, a continuidade e a integralidade da atenção, e a coordenação da atenção dentro do sistema”, explica.
Há duas modalidades de Nasf: o Nasf I composto por no mínimo cinco das profissões de nível superior (psicólogo; assistente social; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; profissional da educação física; nutricionista; terapeuta ocupacional; médico ginecologista; médico homeopata; médico acupunturista; médico pediatra; e médico psiquiatra) vinculando de oito a 20 equipes de saúde da família; e, o Nasf II, composto por, no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes (assistente social; profissional de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; nutricionista; psicólogo; e terapeuta ocupacional), vinculado à, no mínimo, três equipes de saúde da família, vedada a implantação das duas modalidades de forma concomitante nos Municípios e no Distrito Federal.
Implantar Nasf implica, portanto, na necessidade de estabelecer espaços rotineiros de reunião de planejamentos, o que incluiria discussão de casos, estabelecimentos de contratos, definição de objetivos, além dos critérios de: prioridade, encaminhamento ou compartilhamento de casos, de avaliação, resolução de conflitos e outros. Tudo isso não acontece automaticamente, tornando-se assim necessário que os profissionais assumam sua responsabilidade na co-gestão e os gestores coordenem estes processos, em constante construção.