Andressa Aoki
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A leishmaniose gerou várias dúvidas dos vereadores, durante audiência pública na Câmara Municipal ontem à tarde. Segundo balanço da Saúde, em 5 mil amostras realizadas pelo município, houve mais de 13% de casos positivos em relação aos animais examinados. O vereador Eliezer Casali questionou se o índice é preocupante.
A secretária de Saúde, Fabiana Parma, disse que está é a média, de acordo com o Ministério. “Este diagnóstico tem que ser realizado de maneira criteriosa. São dois exames e na dúvida, pode fazer outro. O veterinário analisa o cão e elabora um diagnóstico. A gente vem aperfeiçoando a busca por diagnóstico. Quando o animal não apresenta sintomas e o exame dá positivo, a gente faz outro em um novo laboratório”, ressaltou. Ela frisou que nunca fecha o diagnóstico em apenas um exame.
Fabiana contou que o uso das coleiras foi testado nos bairros com maior índice. “Estamos fazendo estudos, mas ela é indicada como repelente”, enfatizou.
Já o vereador Osvaldo Carvalho destacou que é preciso intensificar o trabalho de fiscalização de limpeza de terrenos. “Acúmulo de material, como excesso de folhas, torna problema sério para a proliferação da leishmaniose”,disse.
Ele afirmou que a população ainda tem resistência com relação a sacrificar o animal.”A doença é perigosa e caso sério para a saúde pública. Se as pessoas não se conscientizarem, haverá um caos”, frisou.
O vereador Emerson Pereira contou que é procurado por munícipes que queixam dos exames nos animais. “A população me pergunta se há possibilidade de ampliar a detetização. Quando é constatado um cão com leishmaniose, faz na região. Será que não é importante fazer na cidade toda?”, questionou.
A secretária afirmou que pode ser feita uma orientação para a população na Câmara Municipal sobre a doença. “A detetização só é realizada em caso confirmado em humano.O procedimento é complexo,demora mais que um dia inteiro para um imóvel.Precisa afastar móveis, tirar os moradores. O importante é fazer limpeza no quintal”, explicou.
Emerson questionou se a carrocinha não pode voltar para pegar os animais que estão nas ruas. “Levaríamos para o Centro de Zoonoses e as famílias podem adotar. Já constatei vários acidentes de motos por causa de cachorro”, afirmou.
Fabiana disse que não tem mais característica de carrocinha.”Recolhemos 653 animais. As pessoas ligam e conseguimos ir buscar.A Spavo realiza feirinhas para incentivar a adoção”, contou.
Anemia Falciforme
Por sua vez, o vereador José Carlos Leme de Oliveira perguntou sobre a primeira Semana da Anemia Falciforme, realizada em parceria com o Conselho de Participação da Consciência Negra e Unifev.
A secretária disse que a campanha foi um sucesso. “Tivemos cinco casos positivados e foram encaminhados para avaliação com médico. Considero um resultado bastante significativo. Coletamos 150 amostras de sangue. A campanha foi boa porque a população teve contato com a doença”, explicou.