Leidiane Sabino
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Em funcionamento há 22 anos, a Unidade de Diálise da Santa Casa de Votuporanga atende aproximadamente 82 pessoas por dia, sendo 70 em hemodiálise e 12 pacientes em diálise peritoneal. Recebendo, atualmente, uma média mensal de 160 pacientes, sendo aproximadamente 120 em hemodiálise e 40 em diálise peritoneal.
O serviço conta com uma equipe de nefrologistas composta pelos médicos Aparecida Paula Gondim Visoná, Neide Oyama Tocio, Regina Silvia Chaves de Lima e Arthur Eduardo Rodrigues Sanches. Além disso, existem outros profissionais como enfermagem especializada em nefrologia, serviço de apoio psicológico, nutrição e serviço social. Tudo supervisionado pela médica Aparecida Paula Gondim Visoná. Para ela, oferecer tratamento dialítico em Votuporanga é garantir qualidade de vida aos pacientes, que antes precisavam se deslocar até São José do Rio Preto-SP para realizar o tratamento.
A diálise é individualizada, de acordo com a necessidade de cada paciente, há pessoas que passam pelo tratamento durante três vezes por semana, outros durante duas vezes por semana e a diálise peritoneal é diária.
Além dos moradores de Votuporanga, o setor atende também pacientes de Monções, Pontes Gestal, General Salgado, Àlvares Florence, Riolândia, Cardoso, Nhandeara, Magda, Floreal, Parisi, Valentim Gentil, Macaubal, Cosmorama, Américo de Campos, Gastão Vidigal, Sebastianópolis do Sul e Paulo de Faria.
O tratamento é mantido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e também pelos planos de saúde como o Sansaúde, São Francisco e Unimed.
Fazem tratamento dialítico as pessoas que estão com os rins paralisados, situação que pode ser causada por doenças como diabetes, nefrites, pressão alta e doenças hereditárias, por exemplo.
“Para evitar ou retardar a diálise, o paciente precisa controlar pressão alta e diabetes e as outras doenças que levam à paralisação dos rins”, disse a médica responsável pelo setor de diálise da Santa Casa.
Hemodiálise e diálise peritoneal
A hemodiálise e a diálise peritoneal são modalidades de tratamento dialítico, para substituir a função dos rins. A hemodiálise vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por uma máquina, que funciona como um rim artificial. Geralmente, é realizada três vezes por semana, em sessões com duração média 4 horas. Para que o sangue passe pela máquina é necessário a colocação de um cateter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado normalmente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, possam fornecer o fluxo de sangue adequado. A diálise peritoneal é diferente. É utilizado o peritônio, que é uma membrana dentro do abdômen. Através da colocação de um cateter flexível nessa região, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, chamado de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas, e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. O tipo de modalidade que será realizada depende da decisão do médico e do paciente, em comum.