Francelino José Alves, com 76 anos, morreu na Santa Casa da cidade, no último domingo
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Votuporanga fez a primeira vítima de leishmaniose em 2013. Francelino José Alves, de 76 anos, morreu no último domingo, na Santa Casa da cidade. Segundo informações da assessoria do hospital, as causas da morte apontadas na Declaração de Óbito do paciente foram: insuficiência respiratória, hemorragia pulmonar, leishmaniose visceral, insuficiência renal aguda e hipertensão.
Ainda segundo dados da instituição, Francelino José Alves deu entrada no Pronto Socorro do hospital no dia 29 de janeiro, às 13h05, com quadro de faringite aguda. O paciente permaneceu internado, em tratamento, até o dia 03 de fevereiro de 2013, quando veio a óbito, às 16h10.
Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde por meio da Vigilância em Saúde informa que recebeu da Santa Casa de Votuporanga, no último dia 30, a notificação de um caso positivo de leishmaniose. Trata-se do paciente Fancelino José Alves, de 75 anos.
Após a notificação a equipe realizou visita técnica no domicílio do paciente, constatando a ausência de cães. A Secretaria de Saúde ainda não foi recebeu a declaração oficial do óbito.
Para o ano de 2013, o município contabiliza quatro casos suspeitos da doença e um caso positivo.
Em casos de humanos positivos, a Vigilância em Saúde promove as ações de controle da doença, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde: coleta de sangue nos cães em um raio de 200 metros em torno do caso, além da intensificação das orientações aos moradores e manejo ambiental.
De acordo com informações da Secretaria de Saúde, em 2011, foram 2.981 coletas e 613 casos positivos. Já no ano passado, foram 9.152 coletas e 1.790 confirmados. Em humanos, no ano passado, foram registrados 25 diagnósticos, com três óbitos.
Os dados só reduzem quando tratam de positividade por exame. Em 2012, o índice é de 18,5% e no ano anterior, 20,5%. Entretanto, o órgão avisa que a queda de 1,9% não possui significância estatística.
As ações de manejo ambiental e arrastão podem ser solicitadas por telefone, pessoalmente, por denúncia e pelas visitas nas casas. Após a solicitação, os supervisores visitam o local, avaliam e orientam os moradores quanto a retirada de matérias orgânicas, entulhos, troncos, recicláveis, poda de árvores e limpeza do jardim. O supervisor estabelece um prazo para a limpeza e retorna ao local, caso não esteja de acordo, o morador é orientado novamente. O arrastão conta com o apoio da Saev Ambiental, Converd e Secretaria de Obras.
Foram realizadas 1.100 castrações gratuitas. O cadastro para castração pode ser feito por telefone ou pessoalmente e também em cães negativados na suspeita da leishmaniose. O proprietário vai até o Secez, Setor de Controle de Endemias e Zoonoses, preenche o protocolo de autorização de castração e leva uma guia até a clínica veterinária autorizada. A prevenção é para cães, cadelas, gatos e gatas e é preciso realizar jejum de 12 horas antes de castrar.
O caso
Segundo o neto da vítima, Lucas Henrique Alves de Almeida, a família não tinha cão em casa. “Temos vizinhos que possuem animais de estimação”, afirmou.
Lucas disse ainda que Francelino ficou fraco e teve queda de pressão. “Assim que ele apresentou este quadro, o levamos para a Santa Casa. Já no primeiro dia, foi pra UTI (Unidade de Tratamento Intensivo)”, destacou.
Francelino José Alves era natural de Novo Horizonte. Deixa os filhos Maria Madalena Alves; Mariza Madalena Alves Firgueira e Jo Saulo Alves. Residia atualmente na rua João Andreu Braia, 3192 – Jardim Marin.
Seu corpo ficou exposto à visitação pública de parentes e amigos e foi sepultado às 15h de ontem no Cemitério Municipal de Votuporanga.