De acordo com Ministério da Saúde, a cidade está no patamar mais elevado de casos da doença
Leidiane Sabino
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Votuporanga se destaca na região pela grande quantidade de casos de leishmaniose que tem diagnosticado, o seu nível de classificação é de transmissão intensa. Porém, o município busca informações e formação para combater a doença, tendo como principal parceiro o IAL (Instituto Adolfo Lutz).
Neste ano, já foram registrados, em humanos, sete casos suspeitos, cinco confirmações e três mortes devido a doença. Examinaram 1.192 cães, com 259 resultados positivos.
Para tentar reduzir os números, a Secretaria Municipal de Saúde continua com todas as medidas preventivas, como a castração de cães (média de 1.400 por ano), pulverização e eutanásia de cachorros doentes.
Os médicos já foram orientados a analisar os sintomas nas pessoas que procuram por consulta, a intenção é diagnosticar precocemente a leishmaniose para evitar as mortes.
O maior desafio é conscientizar a população sobre a necessidade de deixar o quintal sempre limpo, utilizar a coleira que previne a doença nos animais e também entregar o cão doente ao Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) para ser eutanasiado.
Estiveram na cidade, na quarta (3) e quinta-feira (4), membros do comitê estadual de leishmaniose e pesquisadores do IAL, Eduardo Tolezano, Roberto Hiramoto, Ernesto Figueiredo e Carlos Roberto Elias. Eles auxiliam Votuporanga na análise de projetos científicos e trabalhos a serem implantados. A Unifev (Centro Universitário de Votuporanga) também está inserida nos estudos sobre a doença.
Tolezano contou que o Ministério da Saúde classifica o nível de contaminação dos municípios em quatro: sem transmissão; transmissão esporádica; transmissão moderada; e transmissão intensa (o mais alto, caso de Votuporanga).
Elcio Sanches Esteves Júnior, médico veterinário do Secez, explicou que estão discutindo o plano de trabalho para combater a doença em 2013.
“Votuporanga está com um volume alto de mortes por leishmaniose. Notamos que grande parte das pessoas que perderam a vida tinha também outras comorbidades (doenças), o que pode ser acelerado a evolução da doença. Tudo isso será estudado”, disse Elcio.