Lixo e criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, estavam constantemente sendo verificados pelos agentes da Secretaria da Saúde
Karolline Bianconi
A Secretaria Municipal de Saúde aterrou ontem uma piscina de 15 mil litros de uma residência localizada no bairro Eldorado.
O caso foi divulgado pelo jornal A Cidade no mês passado. Lixo e criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, estavam constantemente sendo verificados pelos agentes da Secretaria da Saúde. Como o morador não autorizava a entrada dos funcionários do Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) para a vistoria do imóvel e retirada dos recipientes que acumulavam água, a Secretária buscou ajuda na Justiça.
Nilton César Santiago é coordenador do setor de endemias e zoonoses. Ele explicou que os agentes de saúde e demais funcionários do setor tentavam há dois anos conscientizar o proprietário para manter a piscina e quintal limpos, mas tudo era em vão. “Além da piscina ser um criadouro da dengue, galhos de árvores também estavam pela casa e eram propícios para a leishmaniose”, falou. Além disso, o dono alegava que não tinha condições de manter a piscina, uma vez que o motor estaria quebrado.
A Saev Ambiental iria sugar a água suja, mas a opção escolhida foi aterrar para que não houvesse mais o acúmulo de líquido. Na parte da tarde, funcionários da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos realizaram os trabalhos.
O técnico em saúde Hebert Caetano falou que o dono da casa já havia sido multado anteriormente e que agora, por ser reincidente, a infração seria em dobro. “Pode chegar a quase R$ 2 mil”.
Ele disse que ainda existe forte resistência por parte de algumas pessoas em deixar que vistoriem quintais. Sendo assim, o caso é passado para a Vigilância Sanitária, que entra em contato com o Poder Judiciário. “Temos agora até respaldo em uma lei municipal, para que possamos realizar nosso trabalho”, disse.