Unidades de saúde permaneceram abertas para procedimentos de detecção do câncer de útero e da mama realizados por profissionais
O Dia da Mulher realizado nas unidades de saúde no último sábado (5) ofertou exames gratuitos com enfoque na saúde feminina. Duzentos e setenta mulheres passaram pelo procedimento para a detecção do câncer de colo de útero (papanicolau) e do câncer de mama (exame clínico e autoexame das mamas).
Durante todo o dia, o público feminino também pôde esclarecer dúvidas sobre os dois tipos de câncer que mais matam as mulheres no país. Além disso, foi feito o agendamento de mamografias, exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário e é um importante aliado para a detecção do câncer de mama.
Absenteísmo
No serviço público de saúde, o exame é disponibilizado para mulheres de 50 a 69 anos. Em Votuporanga, o número de mulheres que solicita a mamografia é satisfatório. No entanto, no dia do procedimento, a maioria não comparece, o que traz conseqüências à saúde da paciente e preocupa a Secretaria de Saúde.
A ausência da paciente na data e no horário marcados para fazer o exame é conhecido como absenteísmo; no caso dos exames de mamografia, a falta chega a 22,5%. Para se ter uma ideia, no último trimestre do ano passado, a Unidade de Avaliação e Controle da Secretaria de Saúde registrou 462 agendamentos realizados pelas unidades de saúde. Desse total, 81 não puderam ser efetivados, por motivo de não comparecimento das mulheres, que faltaram e não desmarcaram, o que equivale a 17,53%.
A enfermeira responsável pelo Programa de Saúde da Mulher, Karen Silvia, explica que como consequência, além do equipamento ficar ocioso, a mulher perde a chance do diagnóstico, que pode salvar a sua vida. “Além disso, as pacientes que estão no fim da fila deixam de antecipar seus exames ou precisam aguardar um tempo maior para agendar a mamografia. Enfim, todos os problemas ocasionados pelo absenteísmo nos preocupa, pois se for descoberto no início, o câncer de mama tem índices de cura acima de 90%”.
De acordo com a enfermeira, a Secretaria de Saúde trabalha para que essa situação seja revertida, “nós, profissionais, nos preocupamos com as mulheres que deixam de realizar o exame. Algumas não o fazem com medo de doer, ou por não terem como se ausentar de casa ou do trabalho. É por isso que queremos conscientizá-las da importância do exame e ajudá-las a ter acesso a ele”, complementa Karen.