A alimentação é importante em todos os ciclos da vida, mas, no caso de pacientes que já tiveram qualquer tipo de câncer, ela precisa ser ainda mais valorizada
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Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA, a alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda causa de câncer que pode ser prevenida e responsáveis por até 20% desses casos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes causadas pelo câncer. Ainda de acordo com o Instituto, o câncer de mama é a doença que mais causa morte no Brasil. Os números chegam a assustar: em 2017 a estimativa é que pelo menos 57 mil mulheres desenvolvam a doença e, infelizmente, 14 mil não sobrevivam.
A alimentação é importante em todos os ciclos da vida, mas, no caso de pacientes que já tiveram qualquer tipo de câncer, ela precisa ser ainda mais valorizada. “O tumor e o tratamento fazem com que o metabolismo do paciente gaste mais energia e, ao mesmo tempo, perca o apetite, o que pode provocar a desnutrição”, explica a médica nutróloga Ana Valéria Ramirez.
Seja por causa da quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia, o tratamento do câncer pode provocar efeitos colaterais que interferem na alimentação do paciente, causando também náuseas, diarreia, falta de salivação, alteração no paladar e dificuldade de mastigar e digerir os nutrientes. Por isso, para amenizar esses efeitos, o cuidado na escolha e preparo dos alimentos deve ser redobrado.
Os alimentos orgânicos são sempre os mais indicados, pois são muito mais saudáveis do que os industrializados. “Nos alimentos orgânicos não existe agrotóxico, nem pesticidas, por isso, pode-se comer, inclusive, as cascas (que são na maioria das vezes onde estão o maior volume de nutrientes). Isso não seria possível, por exemplo, em um alimento que não fosse orgânico, por conta dos produtos que são jogados neles durante o processo de crescimento e amadurecimento”, enfatiza a embriologista Lígia Previato, pós-graduada em nutrição funcional e suplementação.
Se a população adotasse uma alimentação saudável e praticasse atividades físicas regularmente, aproximadamente um em cada três casos dos tipos de câncer mais comuns poderiam ser evitados. Ou seja, para cada 100 pessoas com câncer, 33 delas poderiam não ter desenvolvido a doença e, claro, isso inclui o câncer de mama.