Ela está recebendo durante todo o tempo o medicamento Blinatumomab, considerado tecnologia de ponta na luta contra a leucemia
Beatriz, de 2 anos e seis meses, no colo do pai, Thiago, motorista do Samu (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
A menina Beatriz Migliari de Lima Nascimento, de dois anos e seis meses, está internada e sendo medicada no hospital Samaritano, em São Paulo, para onde foi transferida no último sábado, 23.
Ela está recebendo durante todo o tempo o medicamento Blinatumomab, considerado tecnologia de ponta na luta contra a leucemia. A meta é "zerar" a doença na criança para que ela possa receber o transplante de medula. Bia estava internada no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), onde fez quimioterapia, mas precisou ser transferida porque nem todos os hospitais são credenciados para administrar Blinatumomab. Até o transplante, Bia não deve deixar o instituição.
É necessário que todos os habilitados a fazer a doação cadastrem-se no Hemocentro mais próximo. Bia já tem um doador 90% compatível e também poderá receber o tecido de um dos pais, que são 50% compatíveis - a enfermeira Giuliana Migliari de Lima, 32 anos, e Thiago Valério do Nascimento, 37, motorista do Samu. O melhor para ela, no entanto, é encontrar um doador 100% compatível, o que ainda não ocorreu.
Quanto mais pessoas cadastradas, maiores as chances. Estima-se que a possibilidade de achar um doador adequado seja de um a cada 100 mil cadastrados.
A criança está bem, acordada e brincando. "Está melhorando, mais coradinha, tomando sangue. Nosso Natal foi ótimo", diz Giuliana. Segundo ela, a filha está passando por vários exames por dia.
Beatriz luta contra a leucemia linfoide aguda, mais comum em crianças, desde os sete meses de vida. A doença chegou a desaparecer, mas acabou voltando. A campanha feita pela família nas redes sociais, com o objetivo de encontrar um doador, mobilizou amigos, desconhecidos e pessoas famosas como jogadores de futebol e duplas sertanejas. Além de utilizar a internet, eles também fizeram cadastro no Hemocentro e momentos de oração.
Bia está com os pais em São Paulo. Quando voltar, terá os irmãos Thainá e Gabriel, de 12 e 7 anos, para brincar. O coração dos pais fica apertado de ficar longe dos outros dois filhos. "Ainda bem que está na época de final de ano que tem a família, os priminhos para brincar, acaba que eles distraem um pouquinho", fala Giuliana.